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Crédito

Sicredi quer dobrar a carteira até 2020

Sistema de crédito para cooperativas opera em 11 estados e registra taxa de crescimento de 25% ao ano

Sistema tem espaço para crescer em Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro, de acordo com Maroan Tohmé, diretor-executivo | Antônio More / Gazeta do Povo
Sistema tem espaço para crescer em Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro, de acordo com Maroan Tohmé, diretor-executivo (Foto: Antônio More / Gazeta do Povo)

O crescimento do crédito por meio de cooperativas vem ajudando o Sicredi a ampliar seus negócios. O sistema, o maior do país em ativos, com operação em 11 estados e 650 mil associados, vem crescendo em média a taxas de 25% ao ano e prevê quase dobrar de tamanho até 2020. O objetivo é expandir as operações em grandes cidades e elevar a carteira de crédito de R$ 37,1 bilhões para R$ 70 bilhões, segundo o diretor-executivo da central Sicredi para o Paraná e São Paulo, Maroan Tohmé.

O Sicredi assumiu, no fim do ano passado, a Unicred, do Rio, e negocia a associação de pelo menos mais duas outras cooperativas no Rio de Janeiro e três em São Paulo. Segundo Tohmé, o mercado de cooperativas de crédito deve experimentar um salto nos próximos anos e, a exemplo do que ocorreu em outros países, como na Holanda, viver um período de consolidação. "É provável que esse mercado fique mais concentrado", diz.

A previsão do Sicredi é que o seu volume de ativos passe de R$ 35 bilhões para R$ 85 bilhões e, o patrimônio líquido, de R$ 5,3 bilhões para R$ 11 bilhões nos próximos seis anos.

O modelo de cooperativismo de crédito – que ganhou fôlego no Brasil há apenas dez anos – ainda tem uma participação pequena no sistema financeiro nacional, mas deve avançar bastante nos próximos anos. Segundo dados do Banco Central, hoje essa participação é de cerca de 3% dos depósitos, mas poderá chegar a 10% em algumas décadas.

As cooperativas de crédito funcionam de forma semelhante a uma instituição bancária – a diferença é que o cliente é associado à cooperativa, que não visa o lucro. Assim, quem contrata crédito é, ao mesmo tempo, cliente e dono do negócio. As sobras ficam para os cooperados.

Em geral, as cooperativas de crédito têm taxas de juros menores e inadimplência mais baixa, já que o cliente é associado. Segundo o Tohmé, o sucesso do modelo se ampara no conhecimento do perfil do cliente. Hoje da carteira do Sicredi, 70% são pessoas físicas e 25% são jurídicas. A cooperativa oferece praticamente todas as modalidades de crédito desde direto ao consumidor, passando pelo financiamento de automóveis, imobiliário até o adiantamento de recebíveis para empresas.

De acordo com Tohmé, a intenção é reforçar a atuação em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. "Quando olhamos a participação do Sicredi no Paraná, sem contar Curitiba, ela está em 10% dos depósitos. Quando olhamos para a capital, ela está em 5%, ou seja ainda dá para ampliar esse número", diz.

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