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Crise de crédito

Sistema financeiro mundial vive novo dia de nervosismo

Mercados mundiais têm novas perdas após colapso do Lehman Brothers. Na véspera, bolsas tiveram maior queda desde 2001

Após registrar a maior queda desde os atentados do dia 11 de setembro de 2001, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) volta a recuar nesta terça-feira (16), influenciada pelo nervosismo mundial gerado pela quebra do banco de investimentos Lehman Brothers.

O índice Ibovespa - referência para o mercado brasileiro - apresentava uma queda de 2,84% por volta das 11h, aos 47.043 pontos.

Para tentar conter o alastramento da crise, os Bancos Centrais das principais economias estão injetando dinheiro no mercado. Após o BC europeus anunciar que colocou 70 bilhões de euros em circulação, o Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) também despejou outros US$ 50 bilhões no mercado.

Após a quebra do Lehman, outros bancos dos EUA também mostram sinais de debilidade. O Goldman Sachs, maior banco de investimento do país, anunciou uma queda de 70% do lucro no terceiro trimestre, para US$ 845 milhões.

Além da preocupação com o setor financeiro, os mercados reagem agora a problemas registrados pela seguradora AIG, que teria mais de US$ 43 bilhões em créditos relacionados aos financiamentos subprime, de alto risco. Após recuarem mais de 50% na véspera, os papéis da empresa voltam a registrar forte queda nesta terça, em meio ao temor de que a empresa não resista aos prejuízos.

Em meio à turbulência, os investidores também aguardam a reunião do Fed que irá decidir nesta tarde sobre a nova taxa de juros da economia americana. Cresce a parcela dos investidores que aposta em corte na taxa, para evitar que a economia caia em uma recessão.

Mercados internacionais

Nos EUA, as bolsas voltam a operar com baixas, refletindo a série de notícias ruins vindas do setor financeiro. Pouco após a abertura, o índice Standard & Poor's 500 recuava para o menor nível desde 2005. O índice industrial Dow Jones referência da bolsa de Nova York, perdia 1,57%. Já o tecnológico Nasdaq caía 1,28%.

Na Europa, os mercados seguem contagiados pela turbulência financeira. Por volta das 10h30 de Brasília, o FTSE-100, de Londres, perdia 4,14%, enquanto o alemão DAX recuava 2,66%. Na França, a queda estava em 2,61%. Na Espanha, o Ibex 35 tinha queda de 1,26%.

As bolsas da Rússia e de Praga acionaram o circuit break, mecanismo que paralisa as negociações quando os índices superam quedas muito elevadas.

Na Ásia, as bolsas fecharam em forte queda, refletindo os tombos dos mercados ocidentais na véspera. O índice Hang Seng da Bolsa de Hong Kong terminou a sessão em forte queda de 5,4%. Já o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio desabou 4,95%. O indicador Topix, que reúne todos os valores da primeira seção, caiu 5,63%.

Entenda a quebra do banco Lehman Brothers

Na segunda-feira, a crise dos mercados internacionais atingiu fortemente a Bovespa. O Ibovespa fechou em baixa de 7,59% no dia, terminando o pregão aos 48.416 pontos. Foi a maior baixa desde 11 de setembro de 2001, quando o índice recuou mais de 9%.

Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones teve baixa de 4,4%. Na Europa, o resultado do dia levou os mercados do continente ao pior patamar em dois meses. O indicador que reúne os principais mercados do continente teve baixa de 3,67% nesta segunda-feira.

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