1 de 1
Decodificador tem memória de 500 GB, capaz de armazenar até 100 horas em alta definição ou 400 horas no formato padrão
São Paulo - Com investimento de R$ 150 milhões no desenvolvimento de um novo sistema de transmissão digital a operadora de tevê por assinatura Sky pretende incorporar 300 mil assinantes no segmento de alta definição (HD) até o fim de 2009.
O apelo para atrair esse número de assinantes está na inovação tecnológica e nas funcionalidades do decodificador, batizado de Sky HDTV. O aparelho possui um disco rígido (hard disk) capaz de armazenar até 500 gigabytes equivalente a 100 horas de conteúdo em alta definição e 400 horas de conteúdo digital standard , o que permite ao assinante armazenar uma grande quantidade de programas para assisti-los a qualquer momento.
Além disso, o aparelho tem uma memória automática que armazena, mesmo em modo stand by, os últimos 90 minutos de um programa, permitindo, por exemplo, que o usuário possa voltar ao início de um filme que pegou pela metade. Entre as novas funcionalidades também está a integração das redes que permite programar a gravação de um evento a distância, através do telefone celular ou do site da operadora. Para os fãs de seriados, há a função de gravação recorrente, que grava de forma automática todos os episódios inéditos do mesmo programa, sem repetição, hierarquizando e organizando os capítulos pela ordem cronológica. O aparelho tem autonomia para gravar até dois programas simultaneamente.
Virada no mercado
O sistema de transmissão digital em alta definição foi lançado pela tevê aberta no Brasil em dezembro de 2007, e hoje está disponível em 15 cidades do país. Em Curitiba, a RPC TV oferece transmissão digital desde outubro do ano passado. Nesse período, algumas operadoras de tevê por assinatura também lançaram o sistema, mas apenas parte da programação dos canais é exibida no modo de alta definição. Até agora, para ter acesso à programação em HD, o assinante tinha que, obrigatoriamente, comprar um decodificador a um custo médio de R$ 1 mil.
Agora, a Sky espera consolidar um novo modelo, baseado no conceito "multisserviços", no qual o cliente paga apenas a mensalidade pela assinatura, sem taxa de adesão ou aluguel do equipamento decodificador.
Para o presidente da Sky no Brasil, Luiz Eduardo Baptista, esse formato só se tornou possível com a fusão entre as operadoras DirecTV e a Sky, em 2006. "A fusão trouxe escala, o que possibilitou uma queda no preço dos equipamentos", garante. O novo decodificador tem a mesma tecnologia utilizada pela Sky HDTV nos Estados Unidos, e é montado no Brasil, no Pólo Industrial de Manaus.
A Sky promete nove canais com programação em alta definição 24 horas por dia. A lista é formada pelos canais Discovery Theater HD (documentários), ESPN HD (esportes), Fox-NatGeo HD (variedades do canal Fox e documentários do National Geographic), HBO HD (filmes e séries), MGM HD (filmes clássicos), Sex Zone HD (canal adulto), Space HD (filmes de Hollywood), TNT HD (filmes e variedades) e Voom HD (variedades).
A operadora preparou dois pacotes com os conteúdos em alta definição. O Sky HDTV Digital Plus inclui 133 canais em SD e 8 canais em HD totalizando 141 canais. O pacote inclui o equipamento decodificador e dois pontos adicionais pela mensalidade de R$ 229,90. O pacote Max Plus possui 143 canais SD, além de 8 canais HD, com equipamento e dois pontos adicionais por R$ 253,90.
Vale lembrar que para receber a programação em HD o assinante precisa, necessariamente, ter um televisor capaz de reproduzir imagens em alta definição. Estes aparelhos são classificados como Full HD, e têm resolução de 1.080 pixels.
O repórter viajou a convite da Sky.
