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Standard Bank prevê chineses em mais setores no Brasil

Chegada da State Grid ao Brasil pode abrir caminho a outras companhias. Área de infraestrutura é um dos interesses da China, dizem executivos

A chegada da estatal chinesa State Grid ao Brasil por meio da compra de empresas de transmissão de energia por 1,8 bilhão de dólares pode abrir caminho e incentivar outras companhias da China a buscarem ativos em outros setores no país.

A área de infraestrutura - incluindo portos, estradas e saneamento - é um dos principais interesses da China no Brasil, segundo executivos do Standard Bank.

"Temos diálogos estratégicos com todos os 'players' do setor (de energia)... A transação com a State Grid cria uma credencial importante para o banco. Fomos contatados por players chineses de outros setores para estudar quais são os setores em que os chineses poderiam fazer a diferença (no Brasil)", afirmou à Reuters o diretor de Energia e Infraestrutura do Standard Bank para as Américas, Marcio Santiago.

O diretor de Desenvolvimento de Negócios Brasil-China do Standard Bank, Charles Ho, cita setores como minério de ferro, petróleo e sucroalcooleiro como potenciais focos de interesse dos chineses.

Os executivos não disseram, contudo, se o banco está assessorando no momento alguma empresa chinesa com interesse em entrar no Brasil.

Caminho do Crescimento

Para Santiago, a chegada da State Grid ao Brasil "é uma demonstração da crença dos chineses na economia brasileira", destacando a regulação do setor elétrico no país como um atrativo.

"É razoável dizer que os chineses ficarão mais ativos em leilões (de energia) neste ano. Nós os vemos em geração e transmissão."

O Standard Bank recomendou à State Grid que avalie a possibilidade de entrar nos projetos de transmissão de energia do Norte - onde estão futuras hidrelétricas de grande porte como Jirau, Santo Antônio e Belo Monte - para os centros de carga no Sul e Sudeste, revelou Santiago.

A State Grid administrará 16 linhas de transmissão no Brasil que totalizam cerca de 3,2 mil quilômetros e subestações na costa do Sudeste.

A aquisição dos ativos da Plena - que antes pertenciam às espanholas Abengoa, Isolux, Cobra e Elecnor - é a segunda investida da State Grid fora da China. A primeira foi a compra de ativos de transmissão de energia nas Filipinas, em 2007.

O acordo de compra dos ativos da Plena pela State Grid foi assinado em maio do ano passado. No final de dezembro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a mudança do controle das empresas adquiridas pela companhia chinesa.

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