O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou ontem que a crise financeira que teve início nos Estados Unidos e se espalha para outros países "dificilmente deve atingir os mercados de commodities agrícolas". O ministro comentou que os preços das commodities subiram nos últimos meses por conta, inclusive, de um componente especulativo. Essa especulação, segundo ele, provocou "uma queda razoável" nos preços dos alimentos. Stephanes salientou que o mundo vive uma "segunda onda" de crise, mas que "ninguém sabe ao certo qual é o seu tamanho". Mesmo assim, ele reforçou que os preços dos alimentos não devem cair, pois o componente especulativo já foi eliminado do mercado.
Em termos de exportação, o ministro observou que não haverá prejuízos para o Brasil, mesmo se houver um enfraquecimento da economia mundial. Segundo ele, boa parte da exportação brasileira vai para os países em desenvolvimento. A China, por exemplo, tem se apresentado como principal comprador de alimentos do Brasil.
Commodities
A maioria dos mercados futuros agrícolas conseguiu minimizar as perdas expressivas registradas na manhã de ontem. Açúcar (-1,78%), café (-0,11%), milho (-0,22%) e soja (-1,91%) fecharam em baixa, mas longe das mínimas, enquanto cacau (1,45%), suco de laranja (0,10%), trigo (1,08%) e farelo de soja (0,39%) encerraram o dia com pequena valorização.



