Os três estados da Região Sul devem ter um crescimento de sua atividade econômica abaixo dos números nacionais em 2012, segundo estimativa do Itaú Unibanco. As previsões foram apresentadas ontem pelo economista do banco, Aurélio Bicalho. A instituição prevê crescimento de 3,5% para o país neste ano.
O desaquecimento da economia dos estados do Sul será causado principalmente pela crise no continente europeu. De acordo com dados do Itaú, a zona do euro deve enfrentar um decréscimo de 1,1% em seu PIB em 2012. Neste cenário, diz Bicalho, os estados com perfil mais exportador incluindo os do Sul serão os mais prejudicados. "Não se trata de uma retração, mas estamos prevendo que estes estados terão um arrefecimento temporário de suas economias", afirmou o economista.
Considerada como bloco, a União Europeia é o principal comprador de produtos paranaenses as exportações do estado para a UE compreenderam 18,6% das vendas totais do estado em 2011. A China deteve outros 18,3% e a Argentina, 10,2%.
Na contramão do quadro apresentado para o Sul, há a aposta de que a demanda interna deverá aumentar em 2012, o que poderia levar os estados do Nordeste a um crescimento superior ao nacional. Segundo Bicalho, a demanda doméstica também pode beneficiar os estados do Sul, "mas de qualquer forma as possíveis dificuldades nas exportações forçam o crescimento mais moderado da região", diz.
No ano passado, o crescimento do Paraná ficou próximo dos 4,5%, de acordo com o indicador de atividade econômica regional utilizado pelo banco e que leva em conta números da produção industrial, das vendas no varejo e do emprego formal. De acordo com Bicalho, o número não substitui as medições do PIB, mas dá uma ideia real da situação de produtividade e do comércio locais. Conforme as estimativas do banco, o PIB brasileiro cresceu 2,7% em 2011. O número oficial será publicado em março.



