A recuperação do setor supermercadista nos quatro primeiros meses do ano é comemorada em Curitiba com inaugurações e anúncios de novos investimentos. As redes paranaenses Condor e Super Muffato estão de lojas novas, e a catarinense Angeloni anuncia seu segundo hipermercado na capital.
Os investimentos somam cerca de R$ 60 milhões, o que indica que o setor acredita que a situação vá melhorar daqui para frente. No ano passado, a queda no faturamento foi de 1%. Já no primeiro quadrimestre deste ano, os supermercados paranaenses faturaram 6,5% mais que no mesmo período do ano passado, de acordo com a Associação Paranaense de Supermercados (Apras).
A primeira inauguração da nova fase de aberturas foi a de um hipermercado Condor no bairro São Braz, onde antes havia uma loja menor da rede, que agora passa a ter 9 hipermercados no estado. Contando com os supermercados, são 14 lojas em Curitiba e 15 espalhadas pela região metropolitana e interior.
Foram contratados 120 funcionários para a nova loja, que ganhou 2 mil metros quadrados a mais e novas seções, com eletrodomésticos e roupas. A rede promete preços especiais de inauguração até o fim de semana que vem. O investimento de R$ 12 milhões com a ampliação representa a metade do que custaria erguer um hipermercado num novo terreno projeto que a rede tem para outro bairro, cujo alvará está em análise, mesmo caso de mais um supermercado do grupo.
O Super Muffato também terá promoções a partir de segunda-feira, quando inaugura a segunda loja de Curitiba, na Vila Hauer (Avenida Marechal Floriano), que exigiu a contratação de 150 pessoas.
O catarinense Angeloni aguarda aprovação da prefeitura de Curitiba para iniciar as obras de sua segunda loja na capital, no bairro Batel. A expectativa é abrir no primeiro trimestre do ano que vem, com investimentos de R$ 40 milhões.
O terreno fica entre as ruas Euclides da Cunha e Saldanha Marinho, onde funcionou a Sociedade União Juventus para o presidente da rede, Roberto Angeloni, uma ótima localização. "Há grandes mercados em bairros próximos, mas não próximos demais", diz. O Angeloni comprou a metade do terreno. A outra parte, avaliada em cerca de R$ 20 milhões, pode vir a abrigar um centro de serviços, com restaurante e lojas de móveis ou eletrodomésticos. O Angeloni terá agregado ao hipermercado farmácia, espaço cultural, locadora de vídeo, banca de revistas, floricultura, agência bancária e lotérica.
De acordo com o arquiteto contratado pelo Angeloni, Manoel Dória premiado pelo projeto da primeira loja da rede em Curitiba, no Água Verde , esta loja será um pouco menor (6 mil metros quadrados de área de vendas), mas com 500 vagas de garagem e visual mais "futurista".
O presidente do grupo, Roberto Angeloni, aposta no projeto "high tech" e conta que está sempre em busca de modernização em suas lojas. Para a do Batel, ele prevê a instalação de um ou dois caixas de auto-atendimento, onde o cliente paga pelos produtos orientado por uma tela.
