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Entre os setores que mais investem em programas de fidelidade estão as companhias aéreas e as empresas de cartão de crédito. E um dos motivos para os bons resultados de seus programas é justamente a integração entre eles – já que os gastos em um, garantem pontos no outro. Desde 1993, quando implantou seu programa, a TAM já distribuiu mais de 7,4 milhões de trechos grátis. Hoje, a companhia tem 5,5 milhões de clientes cadastrados. E as pesquisas realizadas pela companhia mostram que o programa é um dos maiores motivadores de compra de passagens.

Pensando nas milhas aéreas, o analista de sistemas Carlos Fertonani paga todas suas contas com cartão de crédito, mesmo as de valor mais baixo, como um cafezinho. Ele calculou que, com essa técnica, economiza de 4% a 5% de tudo o que gasta. "Por que vou pagar com dinheiro ou cartão de débito se no cartão de crédito eu pago menos?" Mas ele alerta: essa economia só existe para quem consegue manter um controle dos gastos.

Mas no caso das companhias aéreas, o uso de programas de fidelidade chega a causar polêmica. Muita gente que viaja a trabalho costuma usar sempre a mesma companhia aérea para acumular milhagem e, mesmo sem ter pago a passagem, acaba usando os trechos grátis para viagens pessoais. Essa prática é comum nas empresas e também no serviço público. Entretanto, no caso de servidores públicos, quem paga a passagem é o contribuinte.

Pensando nisso, o deputado federal Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA) apresentou um projeto de lei para que os prêmios obtidos com milhagem sejam revertidos não para os funcionários, mas para os órgãos que pagaram pelos bilhetes. De acordo com levantamento feito pela ONG Contas Abertas, o país gastou, em 2008, cerca de R$ 1,2 bilhão em passagens aéreas – o que poderia significar uma economia de aproximadamente R$ 120 milhões aos cofres públicos, caso a proposta Carneiro fosse aprovada. O projeto foi apresentado em 2007, mas não há sinal de que seja posto em pauta – por motivos que não são difíceis de entender, considerando que os deputados federais têm direito a usar quatro passagens de ida e volta por mês a seus estados.

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