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A empresária Tania Bulhões, dona de lojas de produtos de luxo em São Paulo e acusada de importação ilegal e evasão de divisas, confessou os crimes à Justiça. Diante de um juiz federal, de uma procuradora da República e advogados, a empresária confessou que tinha uma empresa em um paraíso fiscal, no Caribe, sem o conhecimento das autoridades brasileiras e que importava mercadorias de forma fraudulenta para pagar menos imposto e ter mais lucro.

A loja Tania Bulhões Home, empresa do grupo alvo da Polícia Federal, vende móveis, objetos de decoração e mercadorias de alto luxo. O problema é que, segundo a investigação, produtos eram importados por um terço do preço real, em média.

A confissão faz parte de um acordo. A empresária também vai pagar à Justiça indenização de um R$ 1,7 milhão. O dinheiro será doado para instituições de caridade. Em troca da colaboração, Tania Bulhões pediu ao juiz do caso que a pena não seja de prisão, mas de prestação de serviços comunitários.

A empresária disse ainda que sabia da ilegalidade das importações, mas achava que valia a pena correr o risco. Ela declarou também que o esquema foi montado por um consultor de empresas, réu no processo, e alega que não conhecia os detalhes das operações.

A advogada do acusado, Beatriz Catta Preta, questionou. "Não é crível que uma empresária do porte dela não saiba o que está acontecendo dentro da própria empresa. Meu cliente não nega que a conhece, mas não tem um terço da participação que ela diz que ele teria."

Tania Bulhões não quis dar entrevista. Em nota, o grupo da empresária afirma que tem interesse em esclarecer e resolver essa questão o mais rapidamente possível.

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