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Os recentes tarifaços impostos pelo presidente norte-americano Donald Trump a dezenas de países do mundo fez aumentar a rejeição à imagem dele e dos próprios Estados Unidos entre os brasileiros, de acordo com uma pesquisa divulgada pela Quaest nesta terça (8).
O levantamento aponta que 43% dos brasileiros têm uma imagem negativa de Trump, enquanto que 22% consideram como positiva e 23% como regular. Outros 12% não souberam responder.
“O presidente americano e suas políticas não parecem populares por aqui. Quem paga o preço da imagem negativa do presidente americano é os EUA”, explicou Felipe Nunes, CEO da Quaest.
A pesquisa aponta que, no período de um ano, a opinião favorável em relação aos Estados Unidos despencou da trajetória estável que caminhava, enquanto que a rejeição disparou:

Por outro lado, apesar da rejeição, a maioria dos brasileiros acredita que o país não deve revidar diretamente a imposição da taxação de Trump. O caminho da diplomacia é o principal apontado:
- Tentar reverter com diplomacia: 53%;
- Taxar os produtos americanos de volta: 33%;
- Não sabe: 14%.
A Quaest ouviu 2.004 pessoas entre os dias 27 e 31 de março, antes do anúncio da recente taxação de 10% sobre os produtos brasileiros. Na ocasião, estava valendo apenas a tarifa extra de 25% sobre o aço e o alumínio exportados pelo país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
A resposta brasileira pela diplomacia é a que vem sendo adotada pelo governo para negociar com os Estados Unidos, embora a Lei da Reciprocidade tenha sido aprovada na semana passada pelo Congresso. O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, afirmou que a orientação é “agir com a prudência devida”.
“O Brasil está em uma posição relativamente vantajosa. Não temos dívida externa. Temos reservas cambiais. Temos um bom fluxo de comércio com os três maiores blocos econômicos do mundo. Não temos dependência da economia norte-americana”, completou.
Apesar de adotar um tom mais cauteloso, o Brasil tem sofrido efeitos da taxação junto dos demais mercados externos. Foram três dias de fortes perdas e valorização do dólar que só deram um alívio nesta terça (8).
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