Curitiba A cesta de tarifas públicas e preços administrados pelo governo apresentou alta de 0,46% em agosto, o segundo porcentual mais alto do ano, e acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que teve variação de 0,18% no mesmo período. De acordo com pesquisa divulgada ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) e Sindicato dos Engenheiros do Paraná (Senge/PR), entre janeiro e agosto as tarifas públicas e preços administrados subiram 2,24% e em 12 meses a alta é de 3,66%.
O principal item causador do aumento foi combustível. Também contribuíram positivamente para a alta os residuais do aumento da assinatura e pulso dos telefones, e da energia elétrica. Para setembro, prevê o economista Cid Cordeiro, as tarifas públicas e preços administrados deverão apresentar alta de 1,51%, considerando o aumento médio de 8% da gasolina e de 1,28% do gás de cozinha. Segundo Cordeiro, o impacto do aumento da gasolina na inflação deste mês será de 0,36 ponto porcentual, o que deverá levar o Banco Central a reavaliar os índices de setembro, cujas estimativas iniciais apontavam uma alta de 0,25% nos índices inflacionários.
"Em setembro, novamente, a variação das tarifas públicas e preços administrados deverá ficar acima da inflação, porém, no acumulado do ano, o porcentual será inferior, já que apenas restam os reajustes do pedágio, água e esgoto e correio", justifica.
Também para 2006 o cenário traçado pelo Dieese e Senge é positivo para o orçamento das famílias curitibanas. "Os alimentos estão em queda e as tarifas públicas estão desacelerando as altas, o que permitirá a melhora da renda da população em geral. Desde 1999 que não se via um quadro econômico tão positivo, destaca Cid Cordeiro.
