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A taxa de desemprego dos Estados Unidos caiu para o menor nível em quase quatro anos, registrando 7,8% em setembro, um potencial impulso para a corrida do presidente Barack Obama à reeleição. O Departamento do Trabalho informou nesta sexta-feira (5) que a taxa de desemprego, um importante foco na disputa pela Casa Branca, caiu 0,3 ponto percentual, para o menor nível desde janeiro de 2009, uma vez que os empregadores acrescentaram 114 mil empregados a suas folhas de pagamento.

A queda no desemprego reflete uma alta ainda maior em novos empregos capturada em uma pesquisa com famílias e aconteceu mesmo com norte-americanos voltando a procurar emprego. A força de trabalho havia encolhido nos dois meses anteriores.

Os números de julho e agosto foram revisados para mostrar criação de mais 86 mil vagas do que o previamente reportado, principalmente para refletir aumentos em empregos no governo.

A taxa de desemprego chegou agora ao nível em que estava quando Obama assumiu o cargo em janeiro de 2009. "Existe alguma coisa nesses números para todos. A alta na taxa de participação mostra algo de uma melhora real no mercado de trabalho", disse o analista-chefe de mercado do Commonwealth Foreign Exchange, Omer Esiner.

As bolsas norte-americanas abriram em alta por conta do relatório, enquanto a dívida do Tesouro caiu. Ainda, o dólar subiu ante o iene e o euro. Esse é o penúltimo relatório antes das eleições presidenciais de 6 de novembro em que Obama enfrenta o republicano Mitt Romney.

Pesquisa da Reuters/Ipsos divulgada na quinta-feira após o primeiro debate presidencial de quarta-feira mostrou que Romney ganhou terreno e agora é visto de forma positiva por 51 por cento dos eleitores. A visão favorável de Obama ficou estável em 56 por cento.

Economistas culpam o chamado abismo fiscal pela desaceleração da contratação pelos empresários, o que deixou milhões de norte-americanos ou trabalhando meio período ou desempregados, e muito desencorajados a procurar emprego.

As condições persistentemente fracas do mercado de trabalho levaram o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, a anunciar em setembro um plano para comprar 40 bilhões de dólares por mês em títulos hipotecários até que haja uma retomada sustentável do emprego.

O banco central, que também prometeu manter as taxas de empréstimo overnight perto de zero até pelo menos meados de 2015, espera que as compras reduzam os custos de empréstimo de longo prazo e impulsionem a recuperação.

A postura de ultra-afrouxamento do Fed começou a liberar crédito, dando um impulso aos consumidores, disseram economistas. Isso, por sua vez, ajudou a elevar a contratação no varejo em setembro.

Vagas temporárias, que são normalmente vistas como um prenúncio para a contratação permanente, caíram em 2 mil após ficarem praticamente estáveis em agosto.

A criação de emprego no setor industrial caiu pelo segundo mês seguido. O emprego no setor de construção subiu em 5 mil, beneficiando-se do aumento da construção de moradias.

A criação de vagas no setor público subiu em 10 mil após aumentar em 45 mil em agosto. O ganho médio por hora trabalhada avançou 7 centavos no mês passado, o que pode apoiar os gastos.

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