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A taxa média de juros para pessoas físicas em março ficou em 59% ao ano, com queda de 0,2 ponto percentual em relação ao mês anterior, segundo o BC, e tornou-se a menor da série histórica e do Plano Real, em julho de 1994. A taxa ainda é alta, reconheceu o chefe do departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, mas ele acredita que a tendência é de queda.

O resultado somente não foi maior porque o spread bancário (diferença entre taxa de captação e a cobrada do consumidor final) subiu 0,3 ponto percentual no mesmo período para pessoas físicas, para 44% anuais (mesmo patamar de setembro passado, quando o BC começou a reduzir a Selic), além do crédito consigado, cuja taxa de juros subiu 0,6 ponto percentual, para 37,1% ao ano em média no período.

- É um evento isolado. Esse aumento no consignado reflete a atuação de algumas instituições com taxas mais elevadas. No segundo trimestre, o spread deve desacelerar e as taxas em geral também - afirmou Lopes.

Indicador desse movimento é a prévia de abril (até o dia 11), que já mostra redução de um ponto percentual na taxa média de juros para as pessoas, a 58% ao ano. Para as pessoas jurídicas, no entanto, havia aumento de 0,6 ponto percentual, para 31,3% anuais; em março, a taxa para as empresas recuou 0,9 ponto percentual, para 30,7%, enquanto que os spreads haviam caído de 15,1% para 14,5% ao ano no período.

O volume total de crédito no país ficou em R$ 356,7 bilhões, quase 2% a mais que em fevereiro e crescimento acumulado de 4,7% no trimestre. Lopes ressaltou as operações de crédito imobiliário, que cresceram 2,5% no mês passado, e 6,1% no trimestre, somando quase R$ 30 bilhões. A atuação da Caixa Econômica Federal é fundamental neste quadro. A inadimplência geral no mês passado ficou estável em 4,5%, saldo de atraso acima de 90 dias.

Para pessoas físicas, apenas o CDC para bens duráveis apresentou juros mais caros em março, com crescimento de 2,5 ponto percentual, para 56,9% ao ano. Nas demais, houve reduções, com destaque para crédito pessoal, que passou de 68,6% para 67,8% ao ano. No segmento de pessoas jurídicas, quase todas as modalidades apresentaram redução de taxas, com destaque para desconto de promissória, que passou de 56,2% ao ano para 52,5% anuais.

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