Depois de registrar quedas contínuas de preços, os aparelhos de TV deverão chegar às lojas mais caros aos consumidores neste final de ano. Segundo estimativa da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), os reajustes deverão oscilar entre 3% a 5%. Os principais fatores para o aumento de preços, segundo a entidade, são a redução da escala de produção, o aumento do custo de fretes e a diminuição na oferta mundial dos cinescópios tradicionais, além do custo do investimento realizado pelos fabricantes anteriormente.
- Devido à rápida substituição dos televisores convencionais por aparelhos de plasma e LCD nos mercados maduros, como o dos EUA, Europa e Japão, muitos fabricantes de cinescópios tradicionais fecharam fábricas, e a oferta do produto caiu fortemente - explica Paulo Saab, presidente da Eletros.
Segundo ele, países como o Brasil, cujas vendas ainda estão muito concentradas nos aparelhos tradicionais, estão sentindo mais o impacto da redução na oferta de cinescópios.
- Os aparelhos com cinescópios representam a quase totalidade das vendas e da produção de televisores no Brasil, o que acentua ainda mais esse desequilíbrio entre a forte demanda nacional e a redução da oferta de cinescópios - explica Saab.
Para agravar a situação, os custos dos fretes deverão pressionar o setor. Devido às condições precárias das estradas para trazer o produto do Norte do País, há uma expectativa de reajuste dos fretes entre outubro e novembro.
Segundo levantamento da Eletros, os preços dos televisores registraram queda de 15,26% de janeiro a setembro deste ano, enquanto a inflação medida pela Fipe no mesmo período foi de 0,67%. Em 2005, os preços desses produtos já haviam recuado 16,09%, em comparação a um aumento do IPC da Fipe de 4,52%.
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