O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) receberá R$ 588 milhões em investimentos no início de 2017 para obras de ampliação de sua estrutura. O cais de atracação do terminal – que hoje tem 880 metros – será aumentado em 220 metros, passando para 1.100 metros de extensão. Outra obra planejada é a construção de dolphins exclusivos para a atracação de navios que fazem transporte de veículos.
Além disso, a retroárea do terminal (área de armazenagem) será ampliada de 320 mil m² para 500 mil m². Com as obras, o TCP aumentará a capacidade de atender 1,5 milhão de contêineres por ano (TEUs, unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) para 2,5 milhões de contêineres por ano, estando pronto para atender o volume de mercado dos próximos 30 anos.
Segundo Luiz Antônio Alves, CEO da TCP, empresa concessionária do terminal, o objetivo principal não é, apenas, aumentar o volume de carga atendido. “O ponto principal dessas obras é melhorar a nossa produtividade e a qualidade do serviço que oferecemos aos clientes. Poderemos atender navios maiores e fretes mais competitivos, podendo trabalhar com custos menores”, comenta.
Hoje, o Terminal de Contêineres de Paranaguá atende 70 navios por mês e 2 mil caminhões por dia, além de duas composições ferroviárias. A previsão é que as obras criem uma oferta de 3 mil empregos na região. “Além disso, um terminal de grande porte como esse trará um ótimo impacto para todos os exportadores e importadores da região”, completa Alves.
Recursos
Os recursos foram obtidos através da emissão de 588 mil debêntures (títulos de dívidas) simples para investidores no mercado de capitais, não conversíveis em ações. O valor nominal unitário foi mil reais, com prazos de três, cinco e seis anos.
Para o CEO da TCP, o sucesso da emissão das debêntures é um marco importante na história da empresa. “Esta foi a primeira vez que acessamos o mercado de capitais e o resultado superou nossas expectativas, já que o interesse consideravelmente foi maior do que inicialmente imaginávamos”, afirma.
O valor alcançado com as ordens de compras – emitidas pelo banco BTG Pactual e pela XP Investimentos, responsáveis pela operação – ultrapassou os R$ 700 milhões (apenas 588 mil títulos foram emitidos).
As obras de ampliação, que estão previstas para terminar no final de 2018, são a contrapartida da renovação do contrato, que arrenda o terminal à concessionária TCP por mais 25 anos. O primeiro contrato foi assinado em 1998.
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