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Comportamento

Tevê pela web cria novo telespectador

Sites de transmissão de conteúdo televisivo fazem sucesso na internet. “Geração Lost” não quer ser refém dos canais a cabo para ver seus programas favoritos

Quando Disney Barroca Neto perde um episódio, faz o download no dia seguinte: “Com legendas, melhores que as do DVD” | Pedro Serápio/Gazeta do Povo
Quando Disney Barroca Neto perde um episódio, faz o download no dia seguinte: “Com legendas, melhores que as do DVD” (Foto: Pedro Serápio/Gazeta do Povo)
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Em Curitiba, o bancário paraibano Disney Barroca Neto não perde um episódio de suas séries de tevê preferidas, como Lost e The Big Bang Theory. De Buenos Aires, o publicitário santista Túlio Pires Bragança acompanha sempre que pode os jogos dos campeonatos no Brasil – embora seu time, a Portuguesa San­tista, tenha caído para a terceira divisão do paulistão deste ano. Em comum, o fato de que ne­­nhum deles aguarda a transmissão na televisão. O campeonato brasileiro não passa na tevê aberta portenha, e as séries norte-americanas chegam ao Brasil com um atraso de meses em re­­lação à transmissão nos Estados Unidos. Para ver seus programas favoritos, em tempo real, Túlio e Disney usam o computador.

A pulverização de programas que replicam o conteúdo televisivo na internet é um fenômeno intimamente ligado à popularização das séries de tevê norte-americanas – e ao surgimento de fãs de carteirinha desses programas. Há alguns anos, a "ge­­­ração Friends" aguardava an­­siosa pelos episódios de Chan­dler, Joey e companhia pela tevê a cabo; agora, a "geração Lost" não tem tempo a perder.

Se nas quatro primeiras temporadas de Lost ficou notório que os fãs assistiam a um novo episódio da trama apenas quatro horas depois de ele ser exibido nos EUA (com legendas em português feitas pelos internautas), 2009 foi o ano que marcou a força do "live streaming": americanos retransmitem a atração pela internet e o mundo inteiro pode vê-la ao mesmo tempo.

"Antes eu baixava para ver depois. Agora eu assisto em ‘streaming’, porque baixar é muito demorado. Eu pego o horário que vai passar lá [nos EUA] e assisto aqui no Brasil", diz Barroca Neto. Só quando ele perde um episódio é que faz o download na manhã seguinte. "No outro dia de manhã já está disponível para baixar, e com legenda. Inclusive a legenda é melhor do que a do DVD. O pessoal da internet passa a madrugada legendando. Os ‘nerds’ de hoje são bem úteis."

O site usado por ele, o Justin.tv, é o mesmo que o publicitário Túlio Bragança usa para assistir aos jogos de futebol do brasileirão. Nos quatro anos em que está em Buenos Aires, ele acompanhou a evolução da tevê na in­­ternet. "Os sites se multiplicaram e a conexão está cada vez mais rápida", diz Bragança. O bancário Barroca Neto concorda: "Esse tipo de serviço está bem evoluído. Eu assino TV a cabo, mas é até um pouco desnecessário. Se você tem paciência para procurar, tem acesso a todo tipo de conteúdo, e de graça."

Hábitos

Além da evolução, mudou também a relação do telespectador com a televisão. Antes ele era refém da programação. O controle remoto só permitia mudar de canal e escolher o que assistir naquele exato momento. Hoje, o hábito tornou-se ativo. O mouse dá ao internauta a escolha do que ver na hora que melhor lhe convém.

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