Os trabalhadores da construção civil de Curitiba e região metropolitana decidiram aceitar a proposta apresentada pelos patrões e desistiram de entrar em greve. Em assembleia realizada na noite desta sexta-feira (9), os trabalhadores aprovaram por unanimidade a proposta de aumento salarial de 11,5% para os funcionários que recebem o piso e de 10% para os demais.
Com a proposta, o piso da categoria chega a R$ 1.130,80, segundo Domingos Davide, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil, de Olarias, de Cerâmicas para Construção, de Artefatos de Cimento Armado e de Mármores e Granitos de Curitiba e Região Metropolitana (Sintracon). O valor é superior ao praticado em São Paulo, que não chegou a R$ 1.100, de acordo com Davide.
Cinco categorias são filiadas ao Sintracon: serventes, meio-profissionais, profissionais, contramestres e mestres-de-obras. Segundo o Sintracon, 40 mil pessoas trabalham na área da construção civil em Curitiba e RMC. Além do reajuste salarial, o vale-mercado passou de R$ 180 para R$ 205, alta de 13,8%.
"O aumento não era o que a gente desejava, mas foi o suficiente para evitar uma greve", explica o presidente do sindicato da categoria. A reivindicação inicial era de aumento real de 22%. Para ele, o crescimento do setor deveria ter reflexos nos salários da classe. "Se houve crescimento é justo que os ganhos sejam repassados em forma de reajuste para os trabalhadores", diz Davide.



