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Os trabalhadores dos Correios no Paraná votaram pela continuidade da greve em assembleias realizadas em todo o estado nesta quarta-feira (5). Os funcionários da empresa rejeitaram acordo feito entre a empresa e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) na terça-feira (4), no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Em todo o país, 18 dos 35 sindicatos já rejeitaram a proposta. "A greve continua, rumo ao julgamento do TST", afirmou José Rivaldo da Silva, secretário-geral da Federação. Com a decisão, a greve da categoria, que já dura 22 dias, prossegue e será julgada na próxima segunda-feira (10) pela Seção Especializada em Dissídios Coletivos do TST.

Segundo a Fentect, os trabalhadores de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Paraíba, Sergipe, Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Acre, São José, Santa Maria, Uberaba e Vale do Paraíba são favoráveis a continuidade da paralisação. Outros cinco sindicatos já sinalizaram que também vão manter a greve.

A Fentect ainda não comunicou oficialmente a empresa e o TST sobre a decisão. Em nota, a direção dos Correios disse que "empreendeu todos os esforços possíveis para que os empregados voltassem ao trabalho depois de acordo direto, fechado com as entidades sindicais". Apesar da rejeição da proposta, a empresa diz que mantém a intenção de dialogar com os funcionários e que continua defendendo que o retorno à normalidade das atividades ocorra da maneira mais rápida possível.

Acordo

A proposta dos Correios foi de reajuste salarial de 6,87% a partir de 1º de agosto e aumento de R$ 80 para todos dos funcionários a partir de 1º de outubro. Pelo acordo, haveria desconto de seis dias em greve dos 21 paralisados até terça-feira. O Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR) orientou os trabalhadores a não aceitarem a proposta da empresa. A entidade não concordou com o reajuste de 6,87% e também não aceita que haja desconto de nenhum dos dias de greve - mesmo que os dias parados fossem descontados de forma parcelada.

Segundo Anderson Baesso, diretor de mobilização do sindicato, os trabalhadores até aceitariam o desconto dos dias parados caso recebessem um reajuste salarial maior. "A empresa não tem o mínimo de respeito com o trabalhador e com a sociedade. Um salário base de R$ 807 não é suficiente para sustentar uma família", argumenta.

Números da greve

A assessoria de imprensa dos Correios informou na manhã desta quarta-feira (5), por volta das 10h20, que não registrou retorno de funcionários ao trabalho - mesmo após o acordo fechado no TST na terça-feira.

A informação da empresa é de que 20% dos empregados estão em greve nesta quarta-feira, assim como ocorreu também na terça-feira. O Sintcom-PR afirmou que 70% dos trabalhadores aderiram à paralisação no Paraná.

Segundo a direção nacional da empresa, a adesão à paralisação caiu para 23 mil trabalhadores. Isso significa que 80% do efetivo dos Correios segue trabalhando normalmente, garantindo a maioria dos serviços, com entrega de 2/3 da carga diária.

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