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A passeata em Curitiba acontece simultaneamente a outros protestos pelo país | Jonathan Campos - Gazeta do Povo
A passeata em Curitiba acontece simultaneamente a outros protestos pelo país| Foto: Jonathan Campos - Gazeta do Povo

Sindicalistas de centrais sindicais, integrantes de movimentos estudantis, além de membros de movimentos sociais realizaram uma passeata, às 10 horas desta segunda-feira (30), entre o Centro e o Centro Cívico de Curitiba em um protesto em defesa da manutenção dos empregos, salários e direitos trabalhistas em meio à crise econômica mundial. A estimativa dos organizadores é que o movimento tenha reunido cerca de 1,5 mil pessoas, que caminharam da Praça Santos Andrade, até o Centro Cívico, onde realizaram atos públicos em frente ao prédios da Federação das Indústrias do Paraná (FIEP), do Banco Central, da Prefeitura de Curitiba e da Assembleia Legislativa.

A ação aconteceu simultaneamente a outros protestos pelo país. De acordo com Roni Anderson Barbosa, presidente da Central Única dos Trabalhadores do Paraná (CUT-PR), o tema central da manifestação são as consequências da crise financeira mundial, que, para os manifestantes, não podem ser arcadas pelos trabalhadores. "O Banco Central é a instituição que simboliza o modelo econômico brasileiro, que, apesar das recentes quedas, ainda tem a maior taxa de juros do mundo", disse.

Na frente da prefeitura, Barbosa explicou que o protesto foi pelo reajuste para os servidores públicos municipais e para os servidores do magistério da rede pública da cidade. "A proposta da prefeitura é de um aumento real de 0,25% para as categorias", afirmou. "Enquanto isso, os funcionários de cargos comissionados receberam um reajuste de 24%". Ele lembrou que na terça-feira (31), o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc) e o Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac) realizaram paralisação por causa da insatisfação com a proposta da administração municipal.

Parte dos manifestantes ainda pressionou os deputados estaduais a aprovarem a proposta de reajuste de 15% sobre o salário mínimo regional, que estava na pauta da Assembleia Legislativa desta segunda-feira. Já o projeto de corte de incentivos fiscais para empresas que dispensarem empregados sem justificativa permanece incerto. Essa lei rende longa discussão entre governo e oposição, mas a Força saiu da Assembleia nesta segunda-feira com a perspectiva de acordo entre deputados ainda para essa semana.

Entre as organizações que participaram da passeata estavam, além das centrais sindicais, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), a Via Campesina, o Movimento Nacional de Luta Pela Moradia, a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES). Outras reivindicações que são feitas pelo grupo incluem a reforma agrária, mais investimento em saúde e educação e a reestatização da Vale do Rio Doce, da Companhia Siderúrgica Nacional (CNS), da Petrobras e da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer).

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