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A Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e parte do Litoral paranaense entraram na contagem regressiva para o desligamento do sinal da TV analógica. A migração para o sinal digital será concluída em 31 de janeiro de 2018 e, a partir de fevereiro do próximo ano, quem não possuir um aparelho televisor capaz de receber este tipo de sinal (ou um kit conversor — no caso de modelos mais antigos) ficará sem sinal de televisão.

O cronograma foi estabelecido pelo governo federal e pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Distrito Federal e Rio Verde (Goiás) já passaram pela migração de tecnologias, que é fundamental para o crescimento da internet 4G no país. É que o sinal analógico ocupa a mesma faixa de frequência desta modalidade de internet, a de 700 MHz. Com a expansão do 4G, a conexão de internet em dispositivos móveis deve ficar mais veloz no Brasil.

Veja como está a difusão do sinal de TV digital nos domicílios do Paraná

Rádio AM/FM

Não é só a TV que passa por mudanças. Um decreto de 2013, assinado pela ex-presidente Dilma Rousseff, vem sendo colocado em prática desde o fim do ano passado. Ele permite que emissoras de rádio AM migrem para a faixa FM, em que a qualidade de áudio é melhor e onde há a possibilidade de chegar a dispositivos móveis (tablets e smartphones). De acordo com a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert), 1.439 emissoras solicitaram a mudança, 297 foram autorizadas pelo governo até o momento e 55 já migraram de fato.

Nas primeiras cidades em que ocorreu a mudança, houve atraso no cronograma. É preciso que um porcentual mínimo de 93% dos domicílios tenham como receber o sinal digital. Em São Paulo, onde a migração está ocorrendo, a situação quase se repetiu: a EAD, uma entidade montada pelas empresas de telecomunicação que irão operar a faixa do 4G, fez um pedido para esticar o prazo para o desligamento, previsto inicialmente para 29 de março.

O Grupo de Implantação do Processo de Redistribuição e Digitalização de Canais de TV e RTV (Gired), no entanto, em reunião na manhã de terça-feira, descartou a mudança de data, baseado sobretudo em números do Ibope, que aponta que 86% dos domicílios da capital e entorno já estão aptos a receber sinal digital.

Apesar do histórico, Ivan Miranda, diretor de engenharia da RPCTV e membro do Gired, se mostra otimista com a migração na capital paranaense. Muito pela experiência nas outras regiões, mas também pelo conhecimento demonstrado pelos paranaenses sobre o assunto. “75% do Paraná será impactado até 2018 [depois da região de Curitiba, parte da região norte e oeste do estado passará pelo processo, que se encerrará em novembro de 2018]. Em Curitiba, já há um nível de informação elevado, as pessoas têm conhecimento sobre a TV analógica. A comunicação vai se intensificar e há todo o trabalho de conscientização”. Segundo Miranda, há esforço para difundir o assunto em escolas, com profissionais como antenistas e multiplicadores de informação.

Números divulgados em novembro pelo IBGE, que correspondem a 2015, apontam que no estado, 50,5% dos domicílios possuem televisores com capacidade de receber o sinal digital de TV aberta. Às vésperas do desligamento, uma nova pesquisa irá definir se o cronograma segue.

Para não perder o sinal, é preciso ter uma TV com conversor embutido (os modelos recentes, pós-2012, já possuem), uma antena capaz de captar tais sinais (geralmente UHF) ou um kit conversor, caso a TV seja de um modelo mais antigo — os preços ficam entre R$ 120 e R$ 150. Quem não possui dinheiro para comprá-los, porém, pode ser beneficiado por uma ação da EAD, que distribui gratuitamente os kits para famílias que fazem parte de algum programa social, como o Bolsa Família.

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