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Economia Global

UE cobra que países removam barreiras protecionistas

Um relatório divulgado pelo comissário Karel de Gucht identificou "mais de 330 medidas de restrições ao comércio" adotadas por 30 concorrentes econômicos da UE desde a crise econômica e financeira, no fim de 2008

O comissário para Comércio da União Europeia, Karel de Gucht, cobrou que os grandes parceiros do bloco, incluindo China, Rússia e Brasil, respeitem os acordos do G-20 e revertam um aumento alarmante nas barreiras protecionistas.

Um relatório divulgado por Gucht identificou "mais de 330 medidas de restrições ao comércio" adotadas por 30 concorrentes econômicos da UE desde a crise econômica e financeira, no fim de 2008. Desse total, 66 medidas foram introduzidas entre maio e setembro deste ano, e somente 10% das barreiras adotadas desde a crise foram retiradas. Em meio a uma frágil recuperação econômica global e "contrariamente" aos acordos do G-20, "somente 10% dessas medidas foram removidas", afirma o relatório.

"As principais economias do mundo precisam remover as medidas de restrições ao comércio, que impõem um freio ao crescimento", comentou Gucht, em uma mensagem direcionada à próxima reunião de cúpula do G-20, que acontece no mês que vem na Coreia do Sul. "Para que a economia mundial avance, nós temos de diminuir essas barreiras. O encontro do G-20 em Seul precisa demonstrar liderança sobre esse assunto", acrescentou o comissário.

Os 27 líderes da UE devem assinar uma declaração em um encontro que será realizado em Bruxelas na próxima quinta e sexta-feira que "destaca a necessidade de se evitar todas as formas de protecionismo e a adoção de mudanças no câmbio que visam a obtenção de vantagens competitivas de curto prazo".

O relatório da UE, que abrange um período de dois anos, de outubro de 2008 a setembro de 2010, aponta proibições de importações, aumento de tarifas e esquemas de incentivos para compra de produtos nacionais, dizendo que essas medidas estão "rapidamente se tornando aspectos permanentes do sistema de comércio global".

O encontro do G-20 em Washington, em novembro de 2008, se comprometeu com uma "paralisação autoimposta" nas barreiras protecionistas, comentou o relatório, enquanto o encontro de abril de 2009, em Londres, foi além, prometendo "corrigir" as medidas restritivas existentes.

"A Rússia mais uma vez se mostra o nosso parceiro comercial com mais medidas de restrições ao comércio adotadas desde o início da crise", disse o comissariado. O relatório apontou o Brasil como o país que mais transgride as regras ao introduzir esquemas de incentivos para compra de produtos nacionais.

A pesquisa da UE abrange os seguintes países: Argélia, Argentina Austrália, Bielo-Rússia, Brasil, Canadá, China, Equador, Egito, Hong Kong, Índia, Indonésia, Japão, Casaquistão, Malásia, México Nigéria, Paquistão, Paraguai, Filipinas, Rússia, Arábia Saudita África do Sul, Coreia do Sul, Suíça, Taiwan, Turquia, Ucrânia, Estados Unidos e Vietnã. As informações são da Dow Jones.

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