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Black Friday e Natal: está aberta a maior temporada de compras do ano. E algo que está cada vez mais evidente é a redução da distância entre compras e entretenimento. E quem está encurtando essa distância são os consumidores da geração Z (com idade entre 17 e 22 anos). 

“Fotos de produtos que podem ser comprados ou serviços que podem ser experimentados, vídeos e animações com apelo para os jovens consumidores são cada vez mais comuns”, diz Ricardo Neves, sócio da PwC.

O principal instrumento dessa nova tendência é o smartphone. Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), no Brasil são 112,4 celulares por grupo de cem habitantes. E 53,2% deles são usuários da tecnologia 4G. Neves aponta que o smartphone já faz parte do dia a dia da grande das pessoas no mundo e esse foi o canal de compras que mais cresceu nos últimos anos.

Pesquisas da PwC mostram que os consumidores, principalmente os millenials buscam uma experiência livre de estresse, que não envolva gasto excessivo de tempo e nem deslocamento a diferentes tipos de lojas. “Eles se preocupam com a conveniência, a velocidade e a qualidade, às vezes mais do que o preço, principalmente para os que tem a renda mais alta.”

Os consumidores brasileiros estão fazendo mais compras pelo smartphone. Há cinco anos, o percentual que fazia uma compra mobile era de 15%, de acordo com levantamento feito pela empresa de consultoria. Atualmente, são 41%. E a tendência é de que esse número continue em alta nos próximos anos. “Deve superar em breve as compras feitas em computadores, que caíram de 69% para 58% nesse período.”

Quase 60% dos consumidores tendem a comprar mais quando o meio de pagamento é um dispositivo móvel. A maioria se sente preocupado com seus dados quando pagam as compras segundo esse método.

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 Mas a preocupação não tende a limitar as vendas, muito pelo contrário. No Brasil, 30% das pessoas afirmam que esse é o provável meio de pagamento para as suas compras no dia a dia. 59% dos pesquisados no mundo apontam que é mais provável comprar de um varejista que ofereça métodos para pagamento em dispositivos móveis.

A segurança, entretanto não é uma preocupação para os consumidores brasileiros, mesmo os mais jovens. Eles não se preocupam muito com o uso de dados e a localização para o fornecimento de ofertas personalizadas: 56% ficam satisfeitos quando são abordados desta forma e 57% não estão se importando com monitoramento de padrões e históricos de compras, desde que o resultado seja a oferta de produtos e serviços personalizados. Os dados são da pesquisa Global Consumer Insights 2018.

Outro importante aliado na hora das compras, além, dos smartphones, serão as redes sociais. “A influência delas na jornada de compras e serviços é hoje uma clara tendência apontada pelas pesquisas”, destaca o especialista. Segundo ele, dos consumidores da geração Z que planejam completar suas compras online, metade o fará pelo smartphone. E entre todos os consumidores, 39% usarão botões “comprar” via smartphone e um quarto clicam em fotos que resultam em compras.

Mas não é só com esses aspectos que os consumidores mais jovens estão preocupados, ressalta Neves: “Outro aspecto cada vez levado mais em conta na jornada de compra dos millenials é o propósito da marca, associado a produtos de empresas ambientalmente responsáveis e com características locais ou artesanais.”

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