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Paulo Bernardo

"Vamos ter que cozinhar crise em fogo brando", diz ministro

Ao falar para um grupo de engenheiros civis e arquitetos, o ministro reafirmou que o PAC não sofrerá descontinuidade

O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, ditou nesta sexta-feira (31), em Curitiba, a receita para vencer a crise financeira e evitar que a desaceleração da economia atinja o Brasil. "Vamos ter que cozinhar essa crise em fogo brando e ir acrescentando água quente de vez em quando até ela amolecer para a gente fazer um almoço com ela", disse. "Não tem muita perspectiva de que vai ter um cataclismo econômico no Brasil, mas também não dá para dizer que não tem que ficar preocupado, que vamos deixar correr solto.

Ao falar para um grupo de engenheiros civis e arquitetos, o ministro reafirmou que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não sofrerá descontinuidade. "Se não tivermos produção de infra-estrutura urbana, como saneamento e habitação, não tem condições de sustentar o crescimento", justificou. "O Brasil foi um dos últimos a ser afetado pela crise e vamos trabalhar para ser um dos primeiros a deixar de sentir os efeitos e retomar o crescimento maior num prazo menor.

Em entrevista coletiva à imprensa, Bernardo comentou a decisão da Vale de reduzir a produção de minério em 30 milhões de toneladas. Ele disse acreditar que, além do mercado norte-americano, o chinês pode ter contribuído para essa decisão. "Pode ser um sinal de que a China pode ter também desaceleração e pode reduzir as encomendas", supôs. "Ainda assim temos que manter a tranqüilidade, observar isso e, se for o caso acelerar nossos projetos de siderúrgicas aqui, porque o Brasil tem demanda por aço ainda não atendida.

O ministro reconheceu que o governo precisa estudar mecanismos para financiar imóveis para a população que recebe menos de quatro salários mínimos, que não têm condições de adquiri-los se não for por meio de subsídio. Para os que recebem acima desse valor, ele considerou que o nível de financiamento está "adequado". "Até agora a expectativa é de fechar os empréstimos da poupança em torno de R$ 25 bilhões; no fim do ano passado tínhamos colocado uma estimativa de R$ 10,5 bilhões", afirmou. "Não sei se pode usar este termo, mas está bombando.

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