
A venda de veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus e motos) cresceu 4,79% no ano passado em relação a 2010. O porcentual ficou abaixo do esperado pelo setor, que era entre 7% e 8%. Ao todo, foram 5.573.499 unidades. Já a venda de automóveis registrou queda de 0,10% no ano. Na categoria, foram vendidos 2.648.994 unidades ante as 2.651.583 referentes a 2010. Os dados foram divulgados ontem pela federação dos distribuidores de veículos, a Fenabrave.
Segundo o presidente da Fenabrave, Flávio Antonio Meneghetti, a queda na comercialização de autos ocorreu por causa das medidas macroprudenciais adotadas pelo governo no começo de 2011, que refletiram nas vendas do segundo semestre. "As medidas restringiram o crédito ao consumidor e as vendas não cresceram. Também não contávamos com a crise na Europa. Mas não foi um desastre. Nós andamos de lado e nos últimos cinco anos dobramos o mercado", disse.
O que mais cresceu no ano foi a venda de ônibus. O aumento de um período para outro foi de 21,73%, para 34.749 unidades. Segundo Meneghetti, o aumento está ligado à renovação da frota e à aproximação com as eleições municipais, quando os prefeitos compram mais veículos.
Perspectivas
A Fenabrave estima que as vendas de automóveis e comerciais leves devem apresentar alta de 4,5% em 2012, somando 3,579 milhões de unidades vendidas, conforme estimativas elaboradas pelo MB Associados. As vendas dos dois segmentos em 2011, somadas, foram 2,9% maiores que em 2010.
Considerando todos os grupos incluindo caminhões, ônibus e motos , o crescimento deve ser de 5,76% neste ano, com 5,894 milhões de unidades vendidas. O setor de caminhões deve ter vendas 9,6% maiores. Para ônibus, a Fenabrave projeta crescimento de 14,3% em 2012. As vendas de motos devem avançar 7,5%. Flávio Meneghetti disse que o ambiente externo deve continuar a atrapalhar o resultado da indústria. "O cenário externo afetou o resultado de 2011 e certamente prejudicará o ano de 2012", avaliou.




