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Comércio

Vendas do Brasil para a Argentina caem pelo oitavo mês seguido

Redução é preocupante, visto que os argentinos são o terceiro maior parceiro comercial do país e principal destino de manufaturados

As vendas de produtos brasileiros para a Argentina caíram novamente com força no mês passado. Já são oito meses de redução nas exportações para o país vizinho. A redução é preocupante diante do papel estratégico da Argentina no comércio exterior brasileiro. Trata-se do terceiro maior parceiro comercial do país e principal destino de manufaturados. É para lá que vai, por exemplo, a maior parte dos veículos e das autopeças nacionais.

De janeiro a maio deste ano, o Brasil vendeu menos US$ 3,3 bilhões em produtos para o mundo em comparação com o mesmo período de 2013. Quase a metade do montante deve-se ao que deixou de ser exportado para a Argentina, segundo dados divulgados na segunda-feira (2) pelo Mdic (Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior).

O governo afirma que as últimas semanas de maio indicaram recuperação nas vendas para o país vizinho e espera que as negociações em curso para destravar o comércio bilateral tenham efeito nos próximos meses. Por enquanto, a retração nas exportações para a Argentina vem atingindo em cheio a indústria. Os manufaturados representaram apenas 34,8% das vendas totais até maio. No mesmo período do ano passado, a fatia era de 36,9%.

Apesar do desempenho ainda fraco das vendas, a redução nas importações permitiu superavit comercial (diferença entre exportações e importações) de US$ 712 milhões em maio. Foi o pior resultado desde 2002 para o mês, mas ajudou a reduzir o deficit acumulado no ano, que agora está em US$ 4,9 bilhões. No mesmo período do ano passado, o rombo estava em US$ 5,4 bilhões.

Conta-petróleo

Com a melhora na produção da Petrobras, as vendas de petróleo e derivados aumentaram 10% no acumulado do ano, o que ajudou a diminuir o deficit na chamada conta-petróleo, que mostra a diferença entre as importações e exportações destes produtos.De janeiro a maio, as importações superaram as vendas em US$ 7,6 bilhões. No ano passado, o saldo estava negativo em US$ 11 bilhões.

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