O bom desempenho dos produtos alimentares, o aumento dos negócios dentro do Paraná e o crescimento das exportações determinaram um aumento de 6,61% nas vendas industriais paranaenses em 2006, na comparação com o ano anterior. A informação é da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), que divulgou ontem a pesquisa Indicadores Conjunturais.
"Embora os números de 2006 sejam melhores que os do ano anterior, ainda é possível atingir patamares mais expressivos e um ritmo de crescimento maior. Estamos aquém do nível de vendas de 2002, que foi o melhor ano para a indústria do Paraná", observa o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures. Segundo ele, além de baixar os juros e reduzir os impostos, o governo precisa rever, no curto prazo, a política cambial. "Quanto mais valorizada a moeda nacional, menor a nossa competitividade. Dólar baixo é característica de economias especializadas, fornecedoras de matérias primas básicas", afirma.
De acordo com a pesquisa da Fiep, o gênero Produtos Alimentares teve um aumento de 25,07% durante o ano, melhorando sua posição como líder do setor industrial, passando de 34,03% para 39,48% das vendas totais. O bom resultado tem duas justificativas: os investimentos realizados pelas empresas do setor em novos produtos e na conquista de novos mercados e a recuperação da produção agrícola, especialmente a partir do segundo semestre do ano passado.
Outro fator que contribuiu para o desempenho positivo das vendas industriais, segundo a Fiep, foi a expansão em 12,22% das vendas dentro do estado, que passaram a representar 35,18% das vendas totais. Segundo análise do Departamento Econômico da entidade, a melhoria das vendas internas reflete a recuperação econômica do campo e o aumento das vendas entre as indústrias e o comércio paranaenses.
Este último fator, destaca a Federação, foi motivado pela política tributária do governo estadual. Em 2003, a alíquota do ICMS para compras dentro do estado foi reduzida de 17% para 12%. Em 2006, avalia a Fiep, esta medida se consolidou, refletindo no aquecimento das vendas internas.
Exportações
O crescimento das exportações em 13,58% também foi relevante. O aumento é resultado do esforço dos industriais no desenvolvimento de novos produtos de maior valor agregado e na busca de novos mercados. Por outro lado, as vendas para outros estados brasileiros sofreram um redução de 0,81% em 2006 comparativamente com 2005.
