O comércio varejista ampliado voltou a crescer em novembro, com avanço de 1,5% no volume de vendas do setor sobre outubro do ano passado, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A receita nominal avançou 2,1% no mesmo período.
Com o resultado, o volume de vendas acumula crescimento de 6,9% no ano até novembro e de 7,7% em 12 meses no mesmo período, enquanto a receita nominal aumentou 9,8% no ano e 10,6% em 12 meses no mesmo período.
O movimento negativo de outubro, quando houve queda de 0,3% ante setembro, devido às taxas positivas de crescimento de veículos, motos e peças, que cresceram 4,6% em novembro, depois de cair 3,2% em outubro.
Mas mesmo com ligeira recuperação das vendas de motos, esse segmento registrou volume de venda 4,3% inferior ao desempenho de novembro do ano passado. Em outubro, o resultado já era 5,0% menor ao do mesmo mês de 2010. Para o IBGE, essa desaceleração pode ser atribuída "às medidas de política econômica de restrição ao crédito" executadas pelo governo desde o início de 2011.
Por outro lado, a oferta de crédito habitacional é apontada pelos pesquisadores como a principal razão para a taxa de crescimento das vendas de material de construção, que acumulam alta de 6,0% sobre novembro de 2010, de 9,5% no acumulado de 2011 até novembro. A oferta de crédito habitacional acumulava alta de 46,2% em 12 meses até novembro, segundo o Banco Central, enquanto no mesmo período a venda de material tinha aumentado 10,00%.
Apenas 6 estados tiveram queda no volume de vendas
Vinte e um estados apresentaram resultados positivos, com as maiores taxas ocorrendo em Tocantins (16,4%); Roraima (7,5%); Amazonas (7,1%); Paraná (6,4%) e Paraíba (6,0%). Já as principais quedas ocorreram em Amapá (-12,5%); Alagoas(-3,8%); e Sergipe (-2,9%). Em termos de contribuição para o resultado positivo do setor, os destaques foram São Paulo (3,6%); Minas Gerais (5,7%); Paraná (6,4%); Rio de Janeiro (3,1%); e Santa Catarina (4,7%).
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