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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, fará nesta quinta-feira sua segunda visita à capital equatoriana em sete meses, para assinar milionários acordos estratégicos com o Equador, onde a oposição acusa o governo de levar o país a uma situação de "dependência" em relação a Caracas.

Seu amigo e aliado Rafael Correa receberá Chávez para firmar um projeto conjunto de construção de uma refinaria na província costeira de Manabí (sudoeste), que pode custar até 5 bilhões de dólares, com capacidade para processar 300 mil barris por dia de petróleo.

Na terça-feira, o presidente venezuelano, em viagem pela América do Sul, anunciou em Buenos Aires que seu país comprará bônus da dívida externa do Equador e da Bolívia, aonde chega nesta sexta, depois de adquirir no início da semana títulos da dívida argentina por 500 milhões de dólares.

Os dois governos ampliarão os oito convênios assinados em 16 de janeiro desse ano em Quito, por ocasião da posse de Correa como presidente.

A oposição acusa o governo de se tornar "dependente" da Venezuela e chegou a chamar Chávez de "patrão" de Correa. Este estaria planejando impor um plano "internacional totalitário e violento" para se perpetuar no poder, segundo o ex-presidente Lucio Gutiérrez.

Além da refinaria, que aparece como um programa para acelerar a integração energética na América Latina, a venezuelana PDVSA financiará melhorias na produção de um campo de hidrocarbonetos da PetroEquador.

Os convênios petroleiros serão fortalecidos, com a manutenção do acordo que estabelece a troca de diesel venezuelano pelo bruto equatoriano.

"A situação da indústria petroleira equatoriana é preocupante, porque chegou a uma crise terrível", declarou na quarta-feira o presidente da PetroEquador, Carlos Pareja, acrescentando que os novos convênios com a PDVSA são "importantíssimos para o futuro do país".

A PDVSA faz parte dos ambiciosos planos energéticos do Equador. A Venezuela ofereceu créditos de 1 bilhão de dólares para o país cortar relações com os organismos financeiros internacionais, duramente criticados por Correa.

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