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comunicação

Vivo aposta em diversificação dos serviços

Operadora investe em “internet das coisas” e cursos via celular e web mirando conceito de “telco digital”

Ação sobre a “internet das coisas” na Campus Party em São Paulo: diversificação do negócio | Divulgação
Ação sobre a “internet das coisas” na Campus Party em São Paulo: diversificação do negócio (Foto: Divulgação)

Apesar de liderar o mercado de telefonia móvel no país, a Telefônica Vivo quer deixar de ser lembrada apenas como uma prestadora de serviços de comunicação. A operadora tem apostado em um nicho que já se mostra rentável: a disponibilização de cursos educativos via celular e internet, cobrados por semana ou mês.

Os chamados serviços de valor agregado (SVAs) geraram no ano passado para a empresa receitas líquidas de R$ 1,1 bilhão, valor 29% maior em relação a 2012 – no pacote, estão também ações e projetos ligados à streaming de música, computação em nuvem e "internet das coisas", área vista como promissora por gigantes de tecnologia como Google, Apple e Intel.

O portfólio da Vivo reúne hoje cerca de 70 serviços, voltados principalmente para a área de educação, que, sozinha, soma 6 milhões de usuários ativos. Entre as opções estão o Kantoo – ensino de idiomas por voz, SMS, web e aplicativo; a Nuvem de Livros, uma biblioteca online com 11 mil títulos e conteúdos multimídia; e pacotes de dicas pelo celular sobre temas específicos, como o Vivo Português com o professor Pasquale. Este último é um dos sucessos da operadora, gerando uma renda de R$ 2 milhões por semana (o serviço custa R$ 3,99 por semana).

A intenção da Vivo é ser vista, tanto no meio de negócios quanto pelos próprios usuários, como uma "telco digital" – em miúdos, uma companhia telefônica com braços em áreas diversas como saúde, tecnologia e entretenimento.

A estratégia chega em um momento crucial para as operadoras em todo o mundo, que cada vez mais têm visto o consumidor abandonar os serviços tradicionais de voz e SMS e rumar para outras opções mais práticas e baratas, como os aplicativos de trocas de mensagens. Só a derrocada do SMS deve fazer com que empresas pelo mundo deixem de lucrar R$ 33 bilhões nos próximos dois anos, segundo a consultoria Ovum.

Mesmo reconhecendo a importância dos novos serviços na arrecadação de receitas, executivos da Telefônica Vivo evitam relacionar a diversificação da atuação da operadora como uma resposta ao cenário de incertezas para as operadoras. "Não é porque as receitas estão caindo. Queremos ser uma telco digital, fornecendo música, educação, e-health, mais do que apenas vender vozes e dados, que continuam bons negócios", afirma o diretor de SVAs da Telefônica Vivo, Alexandre Fernandes.

Facilidade

Lojas no Sul do país estão assumindo um papel estratégico nos planos de expansão dos novos serviços. Nos três estados, os pacotes de cursos, dicas e conteúdo estão sendo comercializados também pelos pontos de venda da operadora – no resto do país, a solicitação é feita por meio de SMS ou pela internet. A cobrança é feita diretamente na conta do plano de telefonia.

"As pessoas estão pesquisando mais, buscando conhecimento por conta própria. Elas não precisam mais ir para uma sala de aula ou se deslocar para chegar a certos conteúdos.", diz o diretor territorial da Vivo no Paraná e Santa Catarina, Jackson Rodrigues.

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