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A Volkswagen do Brasil anunciou um plano de reestruturação, que prevê cortes de "milhares de empregos", menos de um mês depois de ter obtido crédito oficial do BNDES de quase meio bilhão de reais.

Em 18 de abril, o banco estatal informou que aprovou financiamento de R$ 497,1 milhões para a Volkswagen do Brasil. Na ocasião, o BNDES informava que os recursos seriam "destinados à expansão da produção de veículos Fox e CrossFox", que "possuem elevados índices de nacionalização", com projeto e desenvolvimento "realizados por profissionais brasileiros".

Pois nesta quarta-feira a Volks no Brasil anunciou um plano de reestruturação que inclui a demissão de milhares de funcionários, o corte de benefícios e até a possibilidade de fechamento de uma de suas quatro fábricas de automóveis no país. Motivo alegado: valorização excessiva do real frente ao dólar, que teria reduzido fortemente a rentabilidade das exportações da montadora.

No texto em que justificou o empréstimo de quase meio bilhão de reais à montadora, o BNDES afirmava que os investimentos da Volks financiados pelo banco "permitiram ampliar as exportações de veículos brasileiros, incluindo caminhões e ônibus, aumentando a presença da indústria automobilística nacional no mercado internacional".

Em entrevista nesta quarta-feira, Hans-Christian Maergner, presidente da Volkswagen do Brasil, afirmou que "a matriz, na Alemanha, concluiu que a Volkswagen tem uma fábrica a mais no Brasil".

"A Volkswagen do Brasil acredita que cortes em produção e de milhares de empregos são inevitáveis", disse a empresa em nota nesta quarta-feira.

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