A votação na Câmara dos Deputados do projeto que muda o índice de reajuste do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que pode repercutir nas contas públicas enquanto o governo tenta promover um ajuste fiscal, deve ficar para depois do recesso parlamentar.
A garantia de que a proposta não será votada nesta semana foi transmitida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ao vice-presidente e articulador do governo, Michel Temer, razão pela qual uma reunião com lideranças previstas para esta terça-feira (14) na Vice-Presidência foi cancelada, segundo fontes próximas do assunto.
De autoria dos deputados Leonardo Picciani (PMDB-RJ), Paulo Pereira da Silva (SD-SP), e Mendonça Filho (DEM-PE), o texto do projeto prevê que a remuneração do FGTS será igual à da poupança.
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A posição de Cunha de não votar o projeto nesta semana foi chancelada na reunião do colégio de líderes de bancada desta terça.
O recesso começa oficialmente no dia 18 de julho, isso se os parlamentares votarem até essa data a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Caso contrário, o Congresso continua funcionando formalmente, mas esvaziado, já que deputados e senadores viajam para suas bases.
A votação do projeto que altera o reajuste do FGTS também é acompanhada pelo mercado financeiro. Uma eventual mudança do cálculo de reajuste do fundo, cujos recursos são importantes no financiamento de imóveis, pode afetar as construtoras, especialmente as focadas no segmento de baixa renda, que veriam seus custos de financiamento aumentarem.
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