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A zona do euro entrou em recessão (dois trimestres consecutivos de crescimento negativo), com retração de 0,2% de seu Produto Interno Bruto no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior, segundo estimativas anunciadas nesta sexta-feira (14) a agência européia de estatísticas Eurostat.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve crescimento de 0,7% na economia.

Com isso, a região de moeda comum (15 países da Europa que compartilham o euro) entra em recessão pela primeira desde que foi formada, em 1999.

Os países que compõem o grupo que utiliza a moeda única são: Portugal, Espanha, França, Alemanha, Itália, Áustria, Irlanda, Finlândia, Eslovênia, Chipre, Malta, Bélgica, Luxemburgo, Holanda e Grécia.

A notícia é divulgada quando algumas das principais economias do continente europeu já anunciaram recessão, como Alemanha, na quinta; Itália e Espanha nesta sexta.

A França cresceu 0,1% no período e escapou do diagnóstico de recessão motivado pela crise financeira internacional.

Véspera do G20

Os dados confirmam a ampla desaceleração econômica que os líderes mundiais esperam tentar resolver durante encontro neste fim semana em Washington.

Com a Europa, bem como partes da Ásia e América do Norte, sofrendo, líderesdo G20, que congrega economias em desenvolvimento e economias avançadas, seguem para Washington para tentar encontrar caminhos que garantam que a crise, iniciada com a quebra do mercado imobiliário dos Estados Unidos, não se repita.

Mas um acordo entre os integrantes do G20, que representam 85% da economia do mundo e dois terços da população mundial, sobre se será preciso mais regulação dos mercados para proteger consumidores, poupadores e investidores é pouco provável.

Washington afirma que não se deve voltar para uma situação de grande controle do Estado sobre o mercado. Já grandes países da Europa acreditam que sem regulação, a repetição das turbulências do último ano será inevitável.

Nesta sexta, alguns países europeus divulgaram seus números nacionais; veja os principais.

França: a economia francesa conseguiu evitar uma recessão, com o Produto Interno Bruto (PIB) registrando leve expansão de 0,1% no terceiro trimestre em relação ao segundo, mostraram dados do instituto de estatísticas Insee. No segundo trimestre, a economia francesa havia registrado contração de 0,3%, de acordo com informação da ministra das Finanças, Christine Lagarde. Dois trimestres seguidos de contração do PIB significariam uma recessão técnica

Itália: o PIB da Itália diminuiu 0,5% no terceiro trimestre deste ano em comparação com o segundo trimestre, o maior declínio desde 1998, depois de contrair-se 0,4% no segundo trimestre ante o primeiro. Dessa forma, o país entra em recessão pela primeira vez desde o início de 2005. Na comparação com o terceiro trimestre de 2007, o PIB italiano encolheu 0,9%, a maior queda desde 1993.

Espanha: o PIB da Espanha registrou contração de 0,2% no terceiro trimestre, em relação ao segundo trimestre, segundo dados preliminares do Instituto de Estatísticas Nacionais da Espanha (INE). A economia espanhola não entrou em recessão, como aconteceu na Alemanha e na Itália, uma vez que o PIB registrou crescimento de 0,1% no segundo trimestre.

Portugal: a economia de Portugal estagnou no terceiro trimestre, com o PIB estável em relação ao segundo trimestre, de acordo com dados preliminares do Instituto Nacional de Estatísticas de Portugal. Em relação ao mesmo período do ano passado, o PIB cresceu 0,7% no terceiro trimestre.

Holanda: o PIB da Holanda também ficou estável no terceiro trimestre deste ano em comparação com o segundo, depois de também ter ficado estagnado no segundo trimestre ante o primeiro. Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, houve expansão de 1,8%, de acordo com o departamento central de estatísticas do país.

Hungria: a Hungria registrou contração 0,1% no PIB no terceiro trimestre em comparação a um crescimento de 0,4% no segundo trimestre. Em comparação ao terceiro trimestre do ano passado, o PIB cresceu 0,8%, em termo real, abaixo da expansão anual de 2% no segundo trimestre.

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