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Decisão

Após 120 dias, termina a greve na UFPR

A volta às aulas depende do resultado de uma reunião que será realizada na segunda-feira, no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da instituição

Roger Federer joga neta sexta pela Copa Davis | AFP
Roger Federer joga neta sexta pela Copa Davis (Foto: AFP)

Os professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) decidiram suspender a partir de segunda-feira (17) a greve da categoria iniciada há 120 dias. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (13) em assembleia no Teatro da Reitoria pela maioria dos mais de 400 docentes que participaram da sessão. A volta às aulas depende do resultado de uma reunião que será realizada na segunda-feira, no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da instituição (Cepe).

O encerramento do movimento foi causado principalmente pela insatisfação de muitos docentes em relação ao sindicato e também por pressão de vários representantes da sociedade. Nesta manhã, o Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação civil pública contra a UFPR, o Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes) e a Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (Apufpr) para que as aulas dos dois últimos períodos de todos os cursos oferecidos pela instituição fossem retomadas e pediu ainda que fosse aplicada multa diária de R$ 5 mil para cada réu.

A Apufpr ressalta que "suspender" a greve é diferente de "sair" da paralisação e que o sindicato não descarta uma possível retomada do movimento no futuro. Durante a assembleia, alguns professores defendem a proposta de que o Cepe cancele o segundo semestre. "Suspensão não é saída, mas interromper a mobilização por um período para se manter vigilante às novas propostas e reivindicações", disse Melissa Rodriges de Almeida, professora do Departamento de Psicologia e integrante do Comando Local de Greve.

A exemplo do que está acontecendo em outras universidades do Brasil, as aulas de reposição do primeiro semestre devem se estender até o fim de outubro, inclusive aos sábados. Logo em seguida começaria o período relativo ao segundo semestre, que terminaria em abril de 2013, provavelmente com um recesso de 21 de dezembro a 9 de janeiro.

Balanço

De acordo com o Andes, 21 instituições de ensino superior continuam paralisadas - o movimento chegou a conseguir a adesão de 57 das 59 universidades do país. A mobilização continua no Espírito Santo (Ufes), Mato Grosso (UFMT), Mato Grosso do Sul (UFMS), Viçosa (UFV), São João del Rei (UFSJ), Pará (UFPA), Oeste do Pará (Ufopa), Tecnológica do Paraná (UFTPR), Rural de Pernambuco (UFRPE), Vale do São Francisco (Univasf), Piauí (UFPI), Tocantins (UFT), Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Fluminense (UFF), Rio Grande (Furg), Pampas (Unipampa), Santa Maria (UFSM), Pelotas (UFPel), Rondônia (Unir), Roraima (UFRR) e Sergipe (UFS).

Os docentes ligados ao Sindicato de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), que representa parte da categoria, decidiram pelo fim da paralisação no dia 31 de agosto. Eles aceitaram a proposta do governo para reajuste salarial entre 25% e 40% em três parcelas até 2015.

Segundo informações do Ministério da Educação, entre os institutos federais, os estados de Alagoas, Mato Grosso, Minas Gerais, do Piauí, de Roraima, do Tocantins e da Paraíba, além do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Minas Gerais ainda têm campus sem aulas por causa da greve. O Instituto Federal do Rio Grande do Norte é o único que continua inteiramente paralisado.

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