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“Mentiras de crimes de ódio machucam vítimas reais”, dizia um cartaz, em referência ao caso do ator do seriado Empire, colado na mesa em que o estudante estava |
“Mentiras de crimes de ódio machucam vítimas reais”, dizia um cartaz, em referência ao caso do ator do seriado Empire, colado na mesa em que o estudante estava| Foto:

Um estudante da Universidade da Califórnia, em Berkeley, foi agredido enquanto ajudava seus colegas em uma ação da Turning Point USA - organização não governamental que tem a missão de educar jovens a respeito do livre mercado - e protestava contra o ator Jussie Smollet, da série Empire, que forjou um ataque homofóbico contra si mesmo porque queria aumento de salário, de acordo com a polícia. O incidente ocorreu nesta quinta-feira (21).

Hayden Williams, o estudante que foi agredido, estava atrás de uma mesa com um cartaz que dizia: “Hate crime hoaxes hurt real victims” (Mentiras de crimes de ódio machucam vítimas reais), em referência ao caso de Smollet. Outra placa carregava a mensagem: “This is MAGA Country” (Esse país é “MAGA” - Make America Great Again, slogan do presidente Donald Trump).

Leia também: Ele disse que foi atacado por ser gay. Era tudo mentira. Agora está na cadeia

Um vídeo mostra o momento em que um rapaz, ainda não identificado pela polícia, se aproxima de Williams e começa a confrontá-lo. Com um celular na mão, o estudante diz que iria apenas filmar para sua própria segurança, mas o agressor tira o aparelho da mão do jovem e ameaça, inclusive, atirar nele. “Seu racista”, ele diz. A tensão aumenta e o rapaz passa a deferir socos nos olhos e nariz do estudante, que não revida. 

Veja o vídeo: 

"Algumas pessoas que estavam ao redor riam. Um rapaz, inclusive, zombava enquanto eu era atacado e tentava me entregar um de seus panfletos”, disse Williams ao site Campus Reform. "A verdade é que a liberdade de expressão tem consequências, que incluem, inclusive, ser agredido, caso alguém que não concorda com você te ver promovendo ideias diferentes da dele”. 

O estudante Williams ferido após ser atacadoReprodução/Twitter

O incidente ocorreu no Sproul Plaza, local de atividade estudantil da universidade, e é considerado centro do Movimento pela Liberdade de Expressão dos anos 60. 

Nikolau, 21, colega de Williams que ajudou a fazer os cartazes, mas não estava no local na hora do incidente, disse ao Campus Reform que “o ataque é um sinal de que o Movimento morreu na universidade, além de um exemplo claro de intolerância a conservadores”. 

"Esse ataque revelou novamente como acusações falsas podem ferir uma comunidade inteira. Eu condeno todas as formas de violência, mas odeio fraudes de crime. Os conservadores são vistos como inimigos políticos e são tratados como tal”, disse o estudante.

Repercussão

A situação repercutiu e chamou atenção de figuras da política americana. "Quando um liberal como Jussie chora e finge um ataque, ele recebe cobertura, simpatia e apoio inigualáveis, criando um tsunami de atenção", escreveu Donald Trump Jr no Twitter. "Mas quando um estudante conservador literalmente recebe um soco no rosto, e há provas em vídeo, ‘ninguém liga’”. 

O senador Rand Paul, de Kentucky, também se manifestou sobre o incidente: “Este comportamento é abominável contra a liberdade de expressão na universidade. Nenhuma forma de violência é aceitável!”.

A polícia ainda não conseguiu encontrar os suspeitos.

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