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Estudantes de escolas particulares protestam em frente ao Palácio do Planalto contra o regime de cotas nas universidades públicas em 2012. | Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.
Estudantes de escolas particulares protestam em frente ao Palácio do Planalto contra o regime de cotas nas universidades públicas em 2012.| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.

Alunos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) anunciaram que irão protocolar denúncias contra 25 alunos aprovados por cotas no primeiro semestre de 2018. De acordo com os estudantes, que compõem o coletivo “UFMG Contra Fraudes nas Cotas”, os candidatos teriam fraudado cotas para pretos, pardos e indígenas. 

O grupo de alunos pretende entregar para a Reitoria da universidade, em ato marcado para o dia 17 de maio, uma lista contendo nome, número de entrada, curso e fotografia dos suspeitos de fraude. 

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O coletivo pede ainda que a universidade realize palestras sobre cotas antes do período de matrículas. Além disso, o documento a ser apresentado pelos estudantes pede que a UFMG estabeleça uma comissão mista, formada por estudantes e servidores, para julgar os casos suspeitos de fraudes a partir do próximo semestre letivo. 

De acordo com Alexandre Braga, de 37 anos, presidente da Unegro (União de Negros pela Igualdade) e estudante do curso de Ciências do Estado da UFMG, a instituição teve 61 casos de fraudes nas cotas raciais em 2017 e pelo menos 25 casos em 2018, tanto na graduação quanto na pós-graduação. 

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“A UFMG constituiu uma Comissão Avaliadora que produziu um Relatório que ainda não está disponível para consulta pública e não sabemos quais as medidas acadêmicas e administrativas que serão tomadas em relação às fraudes confirmadas”, apontou o líder do movimento em postagem no Facebook. 

Segundo Braga, um grupo de alunos se organizou para pressionar para a liberação pública do documento e posterior punição aos fraudadores; o grupo foi responsável por coletar denúncias de fraudes nas cotas raciais na universidade. 

A UFMG foi contatada pela Gazeta do Povo e não respondeu aos questionamentos até a publicação desta reportagem.

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