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O projeto de lei que pretende permitir o ingresso na universidade de estudantes que ainda não concluíram o ensino médio, mas foram aprovados no vestibular é, na opinião de especialistas, um reflexo da falta de uma política clara de atenção aos superdotados na rede de ensino brasileira.

De acordo com a mestre em Educação e consultora educacional de Inteligência do Instituto para a Otimização da Apren­dizagem (Inodap), Maria Lúcia Sabatella, apesar de a Lei de Dire­trizes e Bases prever que o aluno superdotado deve ser tratado de acordo com suas necessidades, ainda há dificuldades em acelerar o ensino desses estudantes. Isso ocorre, segundo relata Maria Lúcia, porque a certificação para aceleração fica a cargo das escolas. "A escola nem sempre aceita um superdotado e não está preparada para identificá-lo. E se ele não é identificado, não há de­­manda. Para alguns estudantes que são superdotados chega um momento que é preciso fazer esta aceleração sob pena de gerar insatisfação e problemas emocionais", afirma.

Habilidades

A presidente da Associação Brasileira para Altas Ha­­bilidades e Super Dotados (Abahsd), Erondina Miguel Vieira, ressalta que de 3% a 5% da população brasileira em idade escolar possui altas habilidades. O número representa cerca de dois alunos por sala de aula que deixam de ser identificados por falta de preparo profissional. "Fala-se muito das necessidades especiais com relação às pessoas com deficiência, mas pouco se faz para os estudantes com altas habilidades", diz. Na opinião de Maria Lúcia, muitos dos que não são identificados como superdotados acabam desistindo da escola.

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