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Pós-Graduação

Governo vai desbloquear 1.315 bolsas de pesquisa; corte atinge 4% dos auxílios

(Foto: Pixabay)

O corte de bolsas de pesquisa determinado pelo governo Jair Bolsonaro (PSL) vai atingir 3.474 benefícios em todo país, o que representa 4% do total de bolsas vigentes na pesquisa financiadas pelo MEC. O bloqueio representa R$ 50 milhões no ano.

Outras 1.315 bolsas que haviam sido bloqueadas serão reativadas. O governo diz ter identificado, somente após o corte, que elas são de programas com conceito 6 e 7 (os mais altos na avaliação da pós-graduação) ou estão ligadas a pesquisadores que regressaram ao Brasil recentemente.

Na quarta-feira (8), a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), órgão ligado ao MEC (Ministério da Educação), havia suspendido a concessão de novas bolsas de mestrado e doutorado. A medida atingiu pesquisadores de instituições públicas e particulares que já tinham sido aprovados para o benefício e só aguardavam a formalização do benefício no sistema da Capes, que foi fechado.

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Também houve casos de corte de bolsas de estudantes que voltaram de estágio no exterior. Cerca de cem bolsas se enquadram nesse caso e os cortes serão revistos, segundo o governo.

Melhores avaliados

De acordo com o presidente da Capes, Anderson Ribeiro Correia, o critério para os cortes foi preservar programas com as melhores avaliações e as bolsas da Educação Básica, que financiam formação de professores.

"Todos os bolsistas no Brasil e no exterior serão mantidos. Não há nenhum corte. Estando fazendo uma trabalho em cima das bolsas ociosas", disse ele em entrevista coletiva nesta quinta-feira (9).

O corte pegou as universidades de surpresa e atingiu não só áreas de humanas, que a gestão do ministro Abraham Weintraub disse não ser prioridade do investimento público, mas também as de ciências biológicas e outras.

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A Capes havia determinado como único critério para cortar os benefícios o fato de não ter havido pagamento no mês de abril, sem haver comunicação prévia com as instituições ou com pesquisadores. O órgão classificou esses casos como bolsas ociosas. Agora, a Capes vai rever bolsas de programas com boa avaliação e de pesquisadores que estão voltando ao país.

O congelamento de bolsas envolve corte de gastos em todo governo.

Atualmente, a Capes destina recursos para 92.253 bolsistas na pós-graduação (mestrado e doutorado) e 107.260 bolsistas em cursos destinados à formação de professores da educação básica. Os bloqueios só incidem sobre as bolsas de pós-graduação.

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