
Na próxima segunda-feira, dia 19, é comemorado o Dia do Índio. Pode não parecer, mas todos os dias usamos palavras que têm origem em expressões de antigos povos tribais. No Paraná, a fala corrente carrega muitas delas, sobretudo tupis e guaranis, mas é nos nomes das cidades que a influência indígena mais se destaca
Paraná
Palavra de origem guarani que significa rio semelhante ao mar. Pará (mar) + Anã (parecido, semelhante). Entre 1853 e 1860, o nome da Província do Paraná era escrito Paranã.
CuritibaNome usado desde 1943, derivado dos termos Curiytiba e Curityba, vindos do guarani e tupi, que significam abundância de pinheiros. Curiy (pinheiro) + Tuba (sufixo de bastante).
Guaratuba (Litoral)
Expressão de raiz tupi que significa abundância de garças. Guará (garça pernalta) + Tuba (sufixo de bastante).
Guarapuava (Centro-Sul)
Termo originário do guarani que significa lobo feroz. Guará (lobo) + Puaba ou Puava (arisco, feroz).
Carambeí (Centro)
Expressão vinda do guarani que significa rio das tartarugas. Carumbé (tartaruga) + í (rio).
Catanduvas (Oeste)
Palavra formada por termos tupis e guaranis que significa bastante mato duro ou ralo. Caá (mato) + Atã (duro, ruim) + Duva (bastante).
Irati (Sudeste)
Nome vindo do guarani que significa abundância de abelha/mel. Eira (abelha, mel) + Ti, de tiba (sufixo de bastante).
Jaguariaíva (Centro)
Palavra formada por expressões guaranis que significa rio do cachorro louco. Yaguá (cachorro) + Ri (rio) + Aiba ou Aiva (ruim, louco).
Paranavaí (Noroeste)
Termo formado por expressões guaranis que significa Paraná feio ou ruim. Paranã (rio semelhante ao mar) + Vaí (feio, ruim).
Piraquara (RMC)
Nome originário do guarani que significa toca do peixe. Pirá (peixe) + Quara (abrigo).
Tibagi (Centro)
Palavra vinda do tupi que tem duplo significado: abundância de machado e aldeia do machado. Tibá (abundância) + Ndyi ou Ngy (machado) ou Taba (aldeia) + Gi (machado).
Fontes: Dicionário sociolinguístico paranaense (Imprensa Oficial do Paraná) e Curitiba e suas variantes toponímicas (Academia Paranaense de Letras), ambos do linguista Francisco Filipak.



