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Educação

Nota do Ideb evolui entre mal-avaliados

Dos 38 municípios com resultados mais baixos em 2007, 32 conseguiram melhorar a pontuação

Escola Eucaliptos, em Londrina: índice de apenas 1,4 e alta evasão | Roberto Custódio/Jornal de Londrina
Escola Eucaliptos, em Londrina: índice de apenas 1,4 e alta evasão (Foto: Roberto Custódio/Jornal de Londrina)
Confira duas escolas de Londrina ficaram com as piores notas no Ideb |

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Confira duas escolas de Londrina ficaram com as piores notas no Ideb

Ponta Grossa - Os municípios paranaenses fizeram a lição de casa e conseguiram melhorar a nota no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Em 2007 havia 38 municípios com baixo rendimento. Desses, 32 conseguiram melhorar o desempenho em 2009 e dois mantiveram as notas do último levantamento, feito em 2007. Quatro, porém, pio­raram. O Ministério da Edu­cação (MEC) criou para os municípios com baixo rendimento o Plano de Ações Articuladas (PAR) para elevar as notas.

O diretor de articulação e apoio aos sistemas de educação básica do MEC, Romeu Welinton Caputo, explica que 1.827 municípios brasileiros apresentaram em 2007 notas muito inferiores à média nacional, que foi de 4,2. Para essas prefeituras, consideradas prioritárias, foi desenvolvida uma série de ações, desde a reforma de escolas até o incremento de materiais pedagógicos e formação continuada de professores. "É como num banco onde você tem o caixa de atendimento prioritário. Aqui, nós tivemos que dar atenção especial a esses municípios", disse. As cidades incluídas na zona de risco do Ideb tiveram maior apoio técnico e financeiro. Mas, conforme Caputo, não houve um orçamento específico para o programa.

O desempenho entre os municípios prioritários do Paraná foi diverso. Espigão Alto do Iguaçu, na Região Sudoeste, passou de 3,7 para 4,6, que é a média nacional do Ideb de 2009, mas Bocaiúva do Sul, na região metropolitana, apresentou um avanço tímido, de 3,7 para 3,9, o que ainda é inferior à média nacional de 2007.

Outros quatro municípios pio­­raram o desempenho em dois anos: Mato Rico (Centro-Oeste) caiu de 3,8 para 3,7; Palmas (Centro-Sul) foi de 4,2 para 4,1; Santana do Itararé (Norte Pioneiro) saiu de 4,3 para 3,8 e Reserva do Iguaçu (Sudoes­te) caiu de 4,2 para 3,8. São Jerô­nimo da Serra (Norte) e Laranjal (Centro) mantiveram as notas em dois anos.

Chuva

Laranjal, com 6,3 mil habitantes, pertence à listagem de prioridades do MEC. Mesmo com os incentivos dos governos federal e estadual não conseguiu sair do patamar de 3,7 em 2009. O secretário municipal de Educação, Lincon César Godói de Lima, afirma que a chuva prejudicou o município. É que no dia da Prova Brasil choveu e muitos alunos faltaram à avaliação. "Temos 2,3 mil alunos na rede municipal e estadual e pelo menos 70% deles moram na zona rural e usam o transporte escolar. Com a chuva, eles não puderam ir para a escola", afirma. Mas o secretário aponta que sentiu uma melhora geral na educação. "Tivemos muitas reformas. Outro ponto a nosso favor é a informatização das escolas", completa.

Conforme o professor Capu­to, do MEC, no próximo mês será feito um levantamento oficial para verificar quais municípios continuam na lista dos prioritários, já que em 30 dias após a divulgação do Ideb as escolas e prefeituras podem contestar os indicadores. Novas ações, segundo ele, serão realizadas. "Se você tem um filho que vai mal na escola, você não o abandona, mas cobra ainda mais desempenho dele. É assim que vamos fazer com os municípios", acrescenta.

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