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O Projeto Vida Nova, de Curitiba, foi o vencedor regional na edição 2007 do Prêmio Itaú-Unicef. No contraturno, oferece acompanhamento escolar, oficinas de literatura e arte e atividades físicas. | Almir Salgado/Divulgação
O Projeto Vida Nova, de Curitiba, foi o vencedor regional na edição 2007 do Prêmio Itaú-Unicef. No contraturno, oferece acompanhamento escolar, oficinas de literatura e arte e atividades físicas.| Foto: Almir Salgado/Divulgação

Educação integral, e não simplesmente em tempo integral. A diferença pode parecer sutil, mas é suficiente para garantir um ensino mais eficiente, afirma Ana Beatriz Patrício, diretora da Fundação Itaú Social. A profissional esteve em Curitiba com outros representantes de entidades socioeducacionais, no fim do mês passado, para o lançamento na Região Sul da 8ª edição do Prêmio Itaú Unicef – um dos mais importantes no campo da educação no Brasil. Na pauta estava mais do que a premiação, a discussão sobre a importânca da educação integral no país.

Ana Beatriz diz que a preocupação com o tema não é de hoje. A profissional garante que é uma bandeira levantada desde 1995, quando a fundação passou a acompanhar o trabalho das organizações que defendem e estudam o ensino integral na rede pública. "Essa é a melhor maneira de se ter uma educação de qualidade, de prover o desenvolvimento escolar no Brasil", afirma. Mas a profissional vai além. Educação integral é, para ela, promover o aprendizado pedagógico, cultural e social. Não simplesmente estender o turno escolar. "É o estudante conhecer a região em que mora, sua cultura, seus hábitos. Ir além do conteúdo curricular."

Neste ano, o tema escolhido foi Tempos e espaços para aprender. Concorrem ONGs socioeducacionais que apresentarem os projetos mais interessantes de ensino e que vão além dos muros da escola. "A intenção é a utilização de espaços, como igrejas, clubes, museus e diversos outros endereços da própria comunidade no processo de ensino. Esses locais aliam o conceito pedagógico ao fato de fortalecerem a história e a cultura. De oferecerem algo mais para a formação do estudante", diz Ana Beatriz.

Além do lazer

Entidade que apoia o prêmio, a União dos Dirigentes Municipais de Educação Municipal do Paraná (Undime-PR) tem posição semelhante. Segundo o presidente, Cláudio Silva, a educação integral deve ir além de como é pensada hoje. "Atualmente entende-se o contraturno escolar como apenas uma grade de lazer. O lúdico é importante para o desenvolvimento, mas é necessário aliá-lo também ao pedagógico, ao cultural e ao social", garante.

Para Silva, atingir a meta do ensino integral é trabalho que não cabe apenas ao poder público. "É fundamental a participação da iniciativa privada. Por isso prêmios como o Itaú-Unicef são importantes, pois mobilizam organizações civis em prol de um bem comum e extremamente necessário", avalia.

O prêmio é bianual e realizado pela Fundação Itaú em parceria com a Unicef. Podem participar organizações não-governamentais que desenvolvam projetos ligados à educação integral na rede pública de ensino. As premiações chegam a R$ 150 mil.

Serviço

Informações sobre o regulamento e como se inscrever para o 8º Prêmio Itaú-Unicef podem ser obtidas pelo telefone 0800-701-7104.

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