Palotina - Os acadêmicos do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Paraná (UFPR), câmpus de Palotina, aproveitaram a visita do reitor, Zaki Akel Sobrinho, e do vice-reitor, Rogério Mulinari, na manhã de ontem para protestar contra a falta de professores. Akel e Mulinari foram a Palotina para inaugurar um bloco com novas salas de aula. Com narizes de palhaço, os acadêmicos fizeram muito barulho, com gritos de protesto e apitos, enquanto o veículo que transportava o reitor passava pelo pórtico de entrada do câmpus.
Os cerca de 400 estudantes das cinco turmas do curso reivindicam desde o início do ano a contratação de professores para as disciplinas de Clínica Médica, Cirúrgica, Obstetrícia e Radiologia. O Hospital Veterinário também enfrenta problemas. Desde maio, deixou de prestar atendimento por não dispor de médico veterinário.
"Não aguentamos mais ser palhaços e ouvir apenas promessas de uma solução imediata", desabafou a acadêmica Karlize Smith, 20 anos. Diante dos protestos, o reitor se reuniu com os estudantes e prometeu adotar uma "medida urgente" para resolver o impasse. "A promessa é de que pelo menos dois professores sejam contratados em um curto espaço de tempo", diz a aluna Tatiane Sebastiani, do quarto ano de Medicina Veterinária.
No começo do ano, os alunos elaboraram um abaixo-assinado que circulou por todo o câmpus, reivindicando providências em relação à falta de professores.
A pró-reitora de Gestão de Pessoas da UFPR, Laryssa Martins Born, informa que a contratação de professores depende de autorização do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. A universidade aguarda liberação pelo governo federal para realizar concurso público. "O reitor não tem autonomia imediata diante da prerrogativa ministerial", diz Laryssa. Segundo ela, há a promessa da Secretaria de Educação Superior de liberação dos provimentos até o fim de setembro.



