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Tecnologia

Tribunal de Contas dá sinal verde para seleção de notebook popular

Processo de escolha havia sido interrompido por medida cautelar. Projeto Um Computador Por Aluno quer levar 150 mil portáteis e escolas

O Tribunal de Contas da União (TCU) autorizou a continuação do processo para a escolha de 150 mil notebooks populares, que serão adotados em 300 escolas públicas como parte do projeto Um Computador por Aluno (UCA). Noticiada no início de janeiro, a interrupção havia sido feita pelo próprio TCU, por meio de medida cautelar revogada (anulada) em março. O objetivo era analisar supostas irregularidades no pregão eletrônico realizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

O pregão do dia 17 de dezembro teve a empresa Comsat como vencedora, com o portátil Mobilis. A representante da companhia indiana Encore venceu com a oferta de 150 mil computadores por R$ 82,55 milhões, ou R$ 553 por unidade. Esse valor inclui entrega nas escolas, imposto, garantia, manutenção e configuração.

Entre as supostas irregularidades que levaram à interrupção do processo, estavam "a impossibilidade de se verificar que a licitante detém infra-estrutura para realização da manutenção", "ausência de indicação, no edital, da velocidade do processador" e "falhas nas especificações dos testes de duração da bateria e de impacto dinâmico". Os esclarecimentos foram prestados pelo FNDE e, com isso, o TCU autorizou a continuação do processo de escolha das máquinas.

Além de revogar a medida cautelar, o TCU listou algumas recomendações ao Ministério da Educação para o processo de escolha do laptop. Entre elas a avaliação, após a implementação do projeto-piloto, da viabilidade de projetos alternativos a esse, como a instalação de laboratórios de informática nas escolas públicas brasileiras.

Demora

Retomado em dezembro de 2008, o processo de seleção do MEC estava congelado desde dezembro de 2007, quando foi realizado o primeiro pregão eletrônico para a escolha das máquinas populares. Na época, a melhor proposta foi apresentada pela Positivo Informática, que ofereceu cada PC por R$ 654,50. A configuração dos computadores não mudou, no entanto, de um pregão para outro.

Ao suspender o processo em 2007, o MEC divulgou que tentaria negociar um valor reduzido. A seleção só foi retomada um ano depois, quando o FNDE realizou um novo pregão do qual participaram sete concorrentes -- entre elas, a Positivo. No pregão eletrônico, vence quem oferecer o produto de menor preço, que atenda às determinações pré-estabelecidas.

Configuração

As especificações técnicas do edital determinam que o notebook tenha, no mínimo, 512 MB de memória RAM, tela LCD a partir de sete polegadas, duas portas USB, memória flash com pelo menos 1 GB (livre, depois da instalação do sistema operacional e todos seus aplicativos), teclado protegido contra derramamento de líquidos, tecnologia de acesso sem fio à internet, certificação da Anatel, câmera de vídeo integrada e peso máximo de 1,5 kg já com a bateria instalada.

Além disso, o sistema operacional da máquina deve ser baseado em software livre e de código aberto, em português e possuir "interface gráfica e amigável". As mesmas exigências valem para os softwares de aplicativos já instalados, que devem ter as funções de processador de texto (como o Word), planilha eletrônica, edição e visualização de imagens e navegação na web. O prazo de garantia, tanto de hardware quanto para software, deve ser de doze meses.

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