
Maringá - A Universidade Estadual de Maringá (UEM) foi considerada pelo Ministério da Educação (MEC), pelo segundo ano seguido, a melhor instituição de ensino entre as universidades do Paraná. Os números estão no novo Índice Geral de Cursos (IGC), divulgado ontem em Brasília. A Universidade Estadual de Londrina (UEL) é a segunda do estado, seguida pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Segundo o relatório, a UEM atingiu 343 pontos em um máximo de 500, o que lhe deu a 4.ª colocação entre universidades da Região Sul e a 21.ª posição no ranking nacional, liderado pela paulista Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp). "Isso se deve ao nosso projeto de qualificação de servidores. Hoje temos aproximadamente mil doutores no corpo docente", disse o reitor da UEM, Décio Sperandio. "Vamos celebrar essa posição, mas sem ufanismos. Sabemos que podemos melhorar. A responsabilidade aumenta junto com a credibilidade", completou.
O IGC, uma compilação de diversos dados do MEC, avalia anualmente a qualidade de cursos de graduação, doutorado e mestrado. O índice considera critérios como o desempenho dos alunos no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), a infraestrutura das instituições e a qualidade dos professores e do programa pedagógico das avaliadas. Faculdades, centros universitários e universidades são avaliados em categorias distintas porque têm portes diferentes, o que inviabiliza uma comparação direta.
Na comparação com o ano passado, o desempenho das universidades paranaenses se manteve praticamente estável. Entre as 12 avaliadas, 7 subiram no índice e 5 caíram (veja quadro). A maior ascensão foi da Universidade Paranaense (Unipar), que passou de 206 para 220 pontos (aumento de 6,79%) mas, ainda assim, permanece como a pior classificada entre as universidades do Paraná. Segundo a assessoria de comunicação da Unipar, a diretoria só vai se pronunciar sobre o assunto hoje.
A Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) teve a queda mais acentuada, de 299 para 290 pontos, variação de 3%. Segundo o professor Álvaro Peixoto, da Pró-Reitoria de Graduação, a UTFPR pode ter sido prejudicada porque algumas turmas fizeram a prova errada no último Enade. "Tivemos alunos dos cursos de tecnologia que fizeram a prova do bacharelado. Alunos de Engenharia Civil fizeram exame na área de Produção", disse. Mesmo assim, Peixoto não considera grande a queda. Ele explicou que a universidade comunicou o MEC sobre as provas trocadas, mas ainda não obteve resposta.
Particulares
Entre as universidades particulares, a líder é a Universidade Positivo, com 285 pontos no IGC, seguida pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), com 277, e pela Universidade Tuiuti do Paraná, com 220. Na categoria de centros universitários, O MEC avaliou 7 instituições, 3 a mais que no ano passado. O Centro Universitário Franciscano do Paraná (UniFAE), de Curitiba, manteve a dianteira, com IGC 337, seguido pela Unicuritiba e pela Uniandrade. O Centro Universitário de Maringá (Cesumar) foi o quarto colocado, e o melhor do interior.



