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Ulbra fecha hospital universitário e mais duas unidades no Rio Grande do Sul

Funcionários e professores está em greve por causa de salários atrasados. Data de reposição de aulas será divulgada quando situação se normalizar

A Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), instituição de ensino e assistência em saúde no Rio Grande do Sul, suspendeu na quinta-feira (16), por tempo indeterminado, as atividades dos dois hospitais que mantinha em Porto Alegre e um em Canoas. A decisão foi comunicada no site da instituição.

O atendimento já era parcial desde o início de uma greve de funcionários e professores da universidade há cerca de 10 dias por causa de salários atrasados desde o início do ano.

A Pró-reitoria de Graduação informou, também pelo site, que, assim que a situação estiver normalizada, publicará um novo calendário acadêmico para repor as aulas afetadas.

O Hospital Universitário, em Canoas, tem 111 leitos e era usado como escola de medicina. O Hospital Luterano, de Porto Alegre, tem 120 leitos e prestava a maior parte de seus serviços a beneficiários do Plano de Saúde Ulbra. O Hospital Independência, também na capital gaúcha, tem 110 leitos e atendia pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), particulares e clientes de planos de saúde.

A nota informa que os poucos pacientes ainda internados serão atendidos até a alta ou a transferência para outros hospitais. A Ulbra tem 150 mil alunos em 81 cursos superiores em nove cidades gaúchas, além de Manaus (AM), Itumbiara (GO), Palmas (TO), Santarém (PA), Ji-Paraná e Porto Velho (RO), além de 17 escolas de ensino fundamental e médio.

Apesar do tamanho, a crise institucional e financeira da Ulbra começou no final do ano passado por causa de uma dívida calculada em R$ 2 bilhões com a Fazenda Nacional. Pelo menos duas contas bancárias estão bloqueadas pela Justiça.

Em Brasília, o ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que medidas estão sendo estudadas para achar uma solução para o problema. Ele afirmou, ainda, que a anistia das dívidas poderá ser negociada com a instituição somente com o afastamento do Reitor Ruben Becker, alvo de investigação do Ministério Público Federal por irregularidades na administração.

A proposta do MEC prevê, ainda, a extensão dos benefícios da lei de falência a instituições sem fins lucrativos. A Comunidade Evangélica Luterana de São Paulo (CELSP), mantenedora da ULBRA, diz que vai apresentar em 10 dias ao governo federal um plano de reestruturação de todas as áreas para minimizar os efeitos da crise.

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