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Alunos usam uma faixa com palavras de ordem para bloquear a via | Elisa Lopes / Gazeta do Povo
Alunos usam uma faixa com palavras de ordem para bloquear a via| Foto: Elisa Lopes / Gazeta do Povo

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Alunos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) bloquearam, na tarde desta sexta-feira (29), a Rua Desembargador Westphalen, no bairro Rebouças, em Curitiba. A manifestação começou por volta das 14 horas, no mesmo horário em que teve início uma reunião do Conselho Universitário, que decidiu pela suspensão do calendário acadêmico. Os estudantes mantiveram a interdição até o fim da reunião.

Durante o ato, os universitários distribuíam uma carta, em que apresentavam uma série de reivindicações. Uma faixa que ia de um lado a outro da rua foi usada para bloquear a Westphalen. "Faremos uma ação para pressionar o Conselho Universitário a definir o melhor para os estudantes e para a universidade com relação ao calendário acadêmico", diz o texto assinado pelo comando de mobilização estudantil da UTFPR.

Segundo a carta, a Diretoria de Graduação e Educação Profissional do câmpus Curitiba enviou um e-mail aos chefes de departamento e coordenadores de curso informando que os docentes da UTFPR que não aderiram à greve podem reprovar, por falta e por nota, os estudantes que não compareceram às aulas desde o dia 17 de maio.

Para os estudantes, o recado foi uma "péssima atitude" da Diretoria. Em carta, eles classificam a mensagem como um "triplo erro: desrespeito institucional, erro político e erro pedagógico".

O Comando Local de Greve (CLG) e o Conselho Universitário (COUNI) pedem a suspensão imediata do calendário acadêmico da Universidade, aplicável a todos os níveis de ensino; a garantia de reposição das aulas, retroativamente ao dia 17 de maio; e a garantia de que os docentes que não aderiram à greve continuem ministrando suas aulas, incluindo a repetição das aulas dadas no período da paralisação.

Tassia Setti e Natasha Saboredo, ambas de 21 anos e no sétimo período do curso de letras, não participavam da manifestação, mas apoiavam a greve dos professores das universidades federais, iniciada em 17 de maio. "A greve é um direito legitimo e os professores consultaram os alunos antes de aderirem à greve. O apoio foi unânime na nossa sua turma", disse Tassia.

Já Natasha falou sobre uma eventual suspensão do calendário e disse que a medida é a mais correta, desde que não seja retroativa. "Se for do dia 29 (hoje) para frente, está certo. Não pode anular as eventuais aulas que foram dadas desde o início do movimento", afirmou.

Invasão

Cinco alunos chegaram a invadir, na tarde desta sexta-feira, a reunião do Conselho Universitário.

Segundo a assessoria de imprensa da UTFPR, os estudantes entraram na sala na qual foi realizada a reunião, que teve de ser interrompida por 15 minutos. Esse foi o tempo que o presidente do conselho teria levado para convencê-los a sair, pois caso contrário a reunião seria suspensa.

UFPR suspendeu calendário

Outra instituição, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) aprovou, nesta sexta-feira, a suspensão do calendário do ano letivo. A decisão foi tomada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), por causa da greve iniciada em 17 de maio.

O calendário acadêmico, por outro lado, não foi modificado. Com isso, atividades como o Festival de Inverno, a Feira de Profissões e as comemorações do centenário da universidade não serão desmarcadas.

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