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Luzia Vidal de Souza é a coordenadora do novo curso ofertado pela UFPR. |
Luzia Vidal de Souza é a coordenadora do novo curso ofertado pela UFPR.| Foto:

A Expressão Gráfica na visão da coordenadora do curso Luzia Vidal de Souza, da UFPR

A evolução do desenho ao longo da História se deu pelos desenhos artístico e técnico, que têm uma linguagem própria a ser utilizada pelo desenhista ou pelo projetista, permitindo que a ideia possa ser lida e interpretada por outra pessoa com a mesma intenção que foi formulada. O conjunto das informações com a mesma interpretação feita por várias pessoas torna o desenho técnico uma forma de comunicação universal.

Essa comunicação sofreu uma mudança com a revolução tecnológica, que universalizou o uso de sistemas informatizados e de produção industrial. As mudanças se apresentaram na metodologia de concepção do projeto, na rapidez e nas práticas de representá-lo até a sua efetiva construção ou fabricação considerando o surgimento de novas ferramentas.

Surgiu então o desenho auxiliado por computador que vem ao longo dos últimos anos abrindo novas possibilidades para modelagem de superfícies complexas e da representação tridimensional dos objetos.

O estudo da expressão gráfica tem como objetivo geral a formação de um profissional que seja capaz de representar projetos de forma ágil e interativa, precisa e responsável.

Curiosidade e interesse por novas tecnologias e suas atualizações, desenho e desenvolvimento de projetos são pré-requisitos para quem pretende seguir carreira na área de Expressão Gráfica, que acaba de virar um curso de graduação na Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Pioneiro no país, o curso surgiu depois que a universidade pesquisou o mercado e percebeu a carência de projetistas gráficos, que podem atuar em diversas áreas, como indústria automobilística, moveleira e cosmética, medicina, artes, engenharia e arquitetura.

"O entendimento de que a expressão gráfica abrange muito mais do que um simples desenho ou um projeto motivou o Departamento de Expressão Gráfica a criar o curso em nível de bacharelado, tendo sido esta decisão endossada e aprovada também pelo mercado de trabalho, que carece de profissionais com tais habilidades", explica a coordenadora do curso, Luzia Vidal de Souza.

A graduação se destina a todos que pretendem trabalhar nas áreas de projetos assistidos por computador, tanto na área de desenho arquitetônico, como engenharia civil, mecânica ou ainda no projeto de produto e design de interiores. Ainda podem partir para a área de cirurgias, implantes de próteses, maquetes virtuais, animação, filmes, ou publicidade. Segundo a coordenadora, o curso permite o uso de modernos softwares computacionais e equipamentos que acessam os projetos no local da obra.

Os projetos podem ser alterados em campo e depois salvos em sua versão original. "Basta ter disponível a internet e um equipamento de bolso, que pode ser um iPhone. Isto traz grande economia de tempo e satisfação ao cliente que poderá visualizar as modificações solicitadas em seu projeto em tempo real", diz.

Outra possibilidade de atuação do profissional é a simulação virtual dos objetos. Um exemplo é o protótipo físico de um automóvel que tem custo de mais de U$ 100 mil. Ao usar um protótipo, ele acaba sendo destruído durante um teste de freios ou de funcionamento do airbag.

Mas esses testes podem ser feitos no protótipo virtual, com custo zero e com uma margem de segurança equivalente à dos testes reais, já que todos os cálculos de elementos finitos e materiais são realizados no computador.Ficha Técnica

Conheça mais detalhes sobre o curso e a profissão:

Currículo

No início são estudadas a Geometria Plana e Espacial, a Matemática e aFísica, além de Desenho Técnico e Técnicas de Representação Gráfica. Depois o aluno tem conhecimento de áreas específicas de projeto arquitetônico, desenho mecânico e de produto, em softwares gráficos.Salário

Não há como ter uma previsão real de salário. Atualmente este tipo de trabalho é desenvolvido por profissionais como engenheiros e designers que se interessam pela área e se especializam por conta própria. "Podemos citar que projetos simples de animação podem ser vendidos na faixa de R$ 10 mil", diz Lídia.

Investimento

Não há custos extras, nem mensalidades. O aluno terá na universidade as condições necessárias de estudo, computadores e os softwares que serão utilizados. Também terá a possibilidade de baixar a versão educacional dos programas para trabalhar fora da instituição.

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