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O curso de Matemática Empresarial da UEL, idealizado pelos professores Paulo Natti e Eliandro Cirilo, é voltado ao ambiente dos negócios. | Gilberto Abelha / Jornal de Londrina
O curso de Matemática Empresarial da UEL, idealizado pelos professores Paulo Natti e Eliandro Cirilo, é voltado ao ambiente dos negócios.| Foto: Gilberto Abelha / Jornal de Londrina

Formação Graduação da UFPR busca suprir lacuna do ensino básico

Um dos motivos que levaram à criação do curso de Matemática Industrial na UFPR foi o déficit na formação básica em Matemática que estudantes de Exatas têm ainda na fase escolar. "Dificilmente a escola consegue cumprir os conteúdos mínimos. Temos escores muito negativos se comparados a outros países. Na hora de sairmos para a concorrência, estamos em desvantagem", comenta o coordenador da graduação, Carlos Henrique dos Santos.

Ele emenda que o curso também veio em um momento de crescimento do país, estabilização econômica e fortificação da moeda nacional. Para Santos, a graduação busca suprir lacunas que não são preenchidas pela Engenharia e nem pela Matemática convencional.

O coordenador explica que os cursos de Matemática Empresarial e Industrial buscam oferecer respostas para problemas práticos por meio de ferramentas matemáticas. Para isso, os acadêmicos têm disciplinas como Teoria da Otimização, Linguagem de Programação e Logística. "São conteúdos que não fazem parte do currículo convencional da Matemática", pontua. (AL)

Resolver demandas do mercado a partir de números, cálculos e equações. O que, à primeira vista, parece desafiador para uns, é visto por estudiosos como oportunidade. Trata-se de uma tendência que levou a Universidade Estadual de Londrina (UEL) a oferecer a partir de 2014 a graduação em Matemática Empresarial. Com 40 vagas, o curso de quatro anos de duração será totalmente voltado ao ambiente dos negócios.

A nova habilitação se emparelha ao curso de Matemática Industrial ofertado desde 2000 pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba. Ambas as graduações, segundo o professor Eliandro Cirilo, do Departamento de Matemática da UEL, fazem parte de uma realidade que já se concretizou em países desenvolvidos e que ganha força no Brasil. "É um mercado com demanda em constante crescimento. Na Europa, várias empresas têm matemáticos como executivos", diz ele, que idealizou o curso com o professor Paulo Natti.

A nova habilitação é voltada a estudantes com perfil empreendedor aguçado. A expectativa é de que o egresso esteja capacitado a exercer funções em órgãos governamentais, empresas financeiras e institutos de pesquisa científica.

Parceria

Segundo Cirilo, a graduação da UEL é inédita e visa desenvolver habilidades nas áreas da computação, pesquisa operacional, estatística, matemática financeira, atuarial e cálculo numérico. O professor salienta que, muitas vezes, o empresário busca resolver problemas de mercado apenas com base em sua experiência. Com o apoio de um matemático empresarial, as soluções devem ser baseadas também em ferramentas matemáticas. "Existe a possibilidade de potencializar esses resultados, sem ficar só no ‘achômetro’."

Os estudantes terão vínculos fortes com empresas ao longo do curso. "Eles visitarão algumas empresas, levantarão as necessidades delas, construirão um projeto em cima disso e o executarão", explica Cirilo. A prestação de serviços enquanto estagiários não deve ser operacional, mas voltada à resolução de problemas empresariais.

Para isso, uma parceria foi firmada com a Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil). O presidente da entidade, Flávio Balan, espera que a cooperação traga impacto aos resultados do varejo. "A matemática é um instrumento que pode facilitar a nossa vida. O uso dela pode ser bom para os processos empresariais", diz.

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