
Unir o útil ao agradável. Basicamente, essa é a principal função do designer de produto, profissional responsável por desenvolver bens de consumo como móveis, utensílios domésticos e automóveis, de maneira que eles sejam práticos, fáceis de usar, tenham formas ousadas e melhorem a qualidade de vida dos consumidores.
"Desde uma escova de dentes até o interior de um avião, tudo tem o toque de um designer de produto", explica José Luiz Casela, coordenador-adjunto do curso de Desenho Industrial habilitação em Projeto de Produto da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
Com uma formação variada, que engloba matérias sobre arte, desenho, história do design e administração, o curso prepara um profissional que deve ser igualmente versátil. "Ele precisa se comunicar com várias áreas, como a engenharia e o marketing, e ser um conciliador das metas da empresa com as expectativas e gostos do consumidor", explica.
Também é importante ficar de olho em tendências, novas tecnologias e possíveis modificações de comportamento. "Na maioria das vezes, o consumidor quer ser surpreendido. O designer deve tentar prever o que ele quer e fazer algo além, gerando aquela sensação de não esperava por isso, mas isso é o que eu sempre quis", diz.
Segundo Casela, uma ótima maneira de o estudante melhorar seu currículo e garantir uma vaga no mercado é participar dos concursos promovidos por grandes empresas. "Essa é uma oportunidade de o aluno mostrar o seu talento e chamar a atenção dos empregadores", afirma.
Quem sabe bem a importância desse conselho é o designer de produto Alisson Ströher, 24 anos. Formado em 2009 pela PUCPR, Ströher trabalha com o desenvolvimento de produtos na Electrolux, mas seu primeiro estágio na área veio a partir de uma premiação. "Era um concurso para desenvolvimento de gabinetes de computador e fiquei em segundo lugar. Com isso, garanti um estágio", comenta.
Para Ströher, a principal dica para quem quer ingressar no curso é ficar de olho no próprio cotidiano. "Precisamos estar sempre atentos aos detalhes na hora de projetar um objeto, e identificar o público que o usa, quais são suas características, o que ele espera e como vai usá-lo", diz.



