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O professor Jorge Scarpin, da UFPR, estimula os alunos do curso de Ciências Contábeis a tirarem dúvidas pelo Facebook. Em muitos casos, a ajuda vem dos próprios colegas. | Antonio More / Agência de Notícias Gazeta do Povo
O professor Jorge Scarpin, da UFPR, estimula os alunos do curso de Ciências Contábeis a tirarem dúvidas pelo Facebook. Em muitos casos, a ajuda vem dos próprios colegas.| Foto: Antonio More / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Videoconferência Alunos entrevistam especialistas pelo YouTube

O professor Almir Neves, da especialização em Treinamento e Desenvolvimento da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), optou por interagir nas redes sociais para ir além dos textos. Ele promove hangouts com os alunos – tipo de videoconferência via YouTube entre várias pessoas conectadas ao mesmo tempo.

"Convido algum especialista externo, normalmente ligado à alguma empresa, para falar sobre seu trabalho e os alunos acompanham de suas casas, fazendo perguntas e comentários em conversas que duram em torno de 35 minutos", explica. Após terminadas, as conversas ficam gravadas em um canal no YouTube, frequentemente acessado pelos alunos.

União

Iniciativas como essa são compartilhadas por Neves com outros colegas de docência no grupo Professor Universitário, criado por ele no Facebook há um ano e meio. O espaço virtual reúne hoje 1.150 professores de todo o país e serve para a troca de experiências em geral, além dos frequentes anúncios de vagas de trabalho para o ensino superior. (JDL)

INTERATIVIDADE Iniciativas

Seu professor também usa as redes sociais como ferramenta didática? Como? Deixe seu comentário abaixo.

Apontadas como fatores de distração e responsáveis por prejudicar o desempenho dos estudantes, as redes sociais também podem trabalhar a favor do aprendizado. Na internet, professores antenados nos hábitos dos alunos têm obtido resultados melhores do que qualquer tática presencial.

Os alunos de Ciências Contábeis da UFPR, por exemplo, a pedido do professor Jorge Scarpin, tiram dúvidas em um grupo mantido pela turma no Facebook. "Eles postam como comentário e, se eu estou on-line, respondo na hora. Muitas vezes são os colegas que veem antes e se ajudam, debatem e chegam à resposta certa", conta.

No mesmo canal, os alunos recebem atividades e links para vídeos gravados pelo professor com o resumo das aulas. Na hora de estudar, basta passar alguns minutos diante do YouTube para ter uma boa revisão.

O Facebook também é usado com frequência pelo professor Douglas Zela, coordenador da pós-graduação em Marketing da FAE Centro Universitário. Ele mantém uma fan page com o seu nome na rede, na qual publica estudos, gráficos e notícias usados em sala de aula. "A gente precisa ter conhecimento sobre as ferramentas para fazer bom uso delas e oferecer o melhor a quem nos segue na rede", defende.

As redes sociais também podem ser mais do que uma alternativa pedagógica. O professor Leonardo Joucowski, do curso de Publicidade e Propaganda do Centro Universitário Curitiba, conta que a eficácia desse meio na disseminação de informação é objeto de estudo constante nas aulas. "Dou aula sobre redes sociais para pessoas que nasceram no mundo digital e ficam quase 24 horas por dia conectadas ao Facebook. Naturalmente, preciso estar muito ligado no assunto."

Segundo o professor, uma das contribuições mais importantes que pode dar aos alunos é ensiná-los a compreender melhor a ferramenta e a usá-la de modo mais estratégico. "Muita gente vive naquela rede social sem saber exatamente o que fazer nela. Há muitas oportunidades a serem exploradas."

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