A partir deste ano, a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) não abrirá mais vagas no vestibular para os cursos do câmpus de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Os cerca de 2 mil alunos que estudam atualmente na unidade devem continuar com as aulas normalmente até concluírem os cursos. Todas as vagas ofertadas a partir do próximo vestibular migrarão para o câmpus de Curitiba.
A PUCPR justifica a decisão dizendo que quer "potencializar a vivência acadêmica dos alunos, que poderão cursar disciplinas eletivas de outros cursos a partir de 2013". A universidade ainda avalia o que fará na sede metropolitana. "Não vamos abandonar o câmpus, pelo contrário, estamos conversando com a comunidade e com o poder público para avaliar como podemos atender da melhor forma a região", conta o vice-reitor da PUCPR, Paulo Mussi.
Mussi explica que os alunos que decidirem permanecer estudando em São José dos Pinhais poderão contar com a mesma estrutura e número de funcionários. O Hospital Veterinário deve permanecer no local até que outro seja construído em Curitiba, o que deve acontecer até 2014. Aos alunos da região metropolitana que ficarem com dependência em alguma disciplina será ofertada uma sala especial para que refaçam o conteúdo no próprio câmpus.
Segundo a estudante Valéria Levisky, 40 anos, aluna do 2º período de Direito em São José, alunos e professores estão preocupados, pois não tiveram da universidade um posicionamento claro sobre as mudanças. "Ouvimos muitos boatos, alguns claramente absurdos, mas falta a universidade nos dar garantias da qualidade do ensino que será ofertado em São José e do não fechamento do câmpus", diz.
A PUCPR informou que inicialmente comunicou os estudantes por meio dos coordenadores de curso, que visitaram sala a sala, e que prepara uma comunicação escrita e formal para tranquilizar os interessados. "Esse reposicionamento não deve trazer preocupações, pois acontece para fortalecer a instituição e com isso os estudantes são fortalecidos também. Entendemos que é difícil separar o lado emocional do racional, mas a universidade está caminhando para a posição de excelência que sempre almejou", diz Mussi.



